quarta-feira, 21 de março de 2012
13:33 | 1 Comentários Já era de se esperar que seus pais decidissem fazer um passeio de fim de férias com o intuito de apagar a ausência durante toda as férias de verão, e claro que isso não iria resolver absolutamente nada, pelo menos para Johnny, por que Elouise estava encantada com tudo que via, embora já tenha visitado Zoológico de Londres inúmeras vezes, mas nesse caso dizia ela, tinha um motivo especial por que o “destemido e recém capturado urso albino conhecido como Marty o grande” estava passando uma temporada na cidade e os trouxas assim como Elouise não viam a hora de conhecê-lo. Mas de qualquer forma, ter saído de casa essa tarde já era algo a agradecer, afinal passeios em família já não faziam mais parte da rotina dos Creevel a muito tempo. Aproveitando a distração dos pais com Elouise e o tal urso não sei das quantas, Johnny se desviou da grande plateia passear um pouco, ver os demais animais do mundo trouxa e imaginar o quão fantasiados ficariam eles se pudessem apreciar hipogrifos, dragões e até mesmo os terríveis dementadores. Parado em frente ao enorme aquário Johnny apreciava os peixes de água doce vindos da Amazônia quando algo lhe chamou a atenção, através do vidro, uma menina de cabelos curtos cutucava um lixeiro com uma vareta que cintilava faíscas por todos os lados. Mas ele sabia, não era uma vareta qualquer era uma varinha e aquela menina provavelmente era uma bruxa, e bem irresponsável por estar se expondo daquela maneira. -O que você está fazendo, sua doida, desse jeito você vai ser pega!- o garoto se aproximou discretamente da garota que continuava a cutucar os lixeiros com a varinha à mostra – hey volte aqui, aonde você vai? -sai daqui, moleque! -como é? – Johnny corria atrás da menina que olhava atentamente para todos os lados – dá pra parar de chamar atenção e guardar sua varinha! A garota parou repentinamente e soltou um feitiço quase no mesmo instante em que o garoto que corria logo atrás esbarrou levando os dois ao chão. O feitiço chicoteou deixando uma rachadura em uma das ripas de madeira do piso num estampido alto suficiente para fazer com que todos ali olhassem atentos aos dois jovens caídos no chão! -Tá vendo o que você fez! – agora era a menina quem resmungava – pronto! Ele fugiu. -Ele fugiu? Quem? – Johnny tapeava o jeans limpando-o da sujeira do tombo. -O Diabrete! -Como? - perguntou novamente. -É! um Diabrete! -repetiu novamente a menina revirando os olhos para o menino. -Diabrete? Em Londres? -É – confirmou ironicamente a menina- qual o seu problema? -Nenhum! Mesmo assim você se expôs demais, imagine só, lançar um feitiço no meio do pátio com todos esses trouxas – Johnny fora instruído desde pequeno a jamais se mostrar como bruxo na frente de trouxas, e mesmo em casos de perigo sempre procurar um meio de se defender de forma não mágica. - Ele pode se machucar por aí, aliás, podem machucá-lo! – A garota guardara a varinha, agora era tal qual uma menina trouxa, era bonita, com olhos verdes de cor forte e vibrante. Seu cabelo era escuro e modelava quase que perfeitamente seu rosto, era bonita, mas possuía um ar de superioridade que irritava o garoto. - Mas me explique como esse Diabrete veio para aqui? -Não sei, mas vi quando ele fuçava o lixeiro, acho que estava procurando comida, tentei paralisá-lo, teria conseguido se você não tivesse se jogado em mim daquele jeito. Aliás quem é você? – Perguntou por fim a menina agora saindo do Pátio em direção a área externa do Zoológico. -Sou Johnny, Johnny Creevel, prazer! –Respondeu o garoto aprumando a postura de frete para a garota e estendendo a mão receptivamente – e você? -ah.. hum.. Catherine! Catherine Phyllips! -Connie! Connie! – Gritou um garotinho do outro lado do pátio – Vamos, estão lhe procurando lá fora. -Preciso ir,agora! – Disse a menina meio atrapalhada se afastando e seguindo ao encontro com o garotinho deixando Johnny parado no meio do pátio do grande Zoológico. Que garota estranha, pensou ele, e mais estranha era aquela história de Diabrete fujão que ela dissera anteriormente, talvez ela fosse um daqueles casos raros de esquizofrenia tal qual a Srta° Lovegood, sua companheira de casa em Hogwarts. Confuso, ele tomou o caminho de volta para a jaula principal onde seus pais e Elouise deveriam estar, e de fato estavam, a apresentação do urso já tinha acabado e eles esperavam pacientemente o garoto enquanto Elouise se deliciava num volumoso algodão doce, um doce trouxa com aparência de nuvem artificialmente colorida. -Por onde esteve, Johnny, pensei que queria ver o Marty também. -No Aquário – respondeu o garoto – fui ver a amostra dos peixes Amazônicos, sempre falamos sobre eles nas aulas da professora Sprout. -Relaxe, garotão, as férias ainda não acabaram! Disse Edward dando leves pancadinhas no ombro do filho enquanto caminhavam para a saída do Zoológico. Por Johnny Creevel. |
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