Os olhos do garoto se fixavam nas casas que passavam com rapidez pela janela da carruagem, mas seus pensamentos iam alem do que ele via. Ele e Elouise saíram bem cedo da escola e, após duas horas de trem, seguram para casa numa antiga carruagem londrina.
Jhonny seguiu calado a viagem toda,seus sentimentos e emoções estavam bagunçados, era como se ele tivesse esquecido algo em hogwarts, algo que nem mesmo ele sabia o que era.

-Chegamos! Disse o cocheiro enquanto parava a carruagem em frente ao casarão dos Creevel. Elouise desceu, seguida da mãe Celine, do pai Eduard e por ultimo Jhonny. Que parou em frente ao portão, respirando fundo “é bom estar em casa de novo” pensou o garoto sendo interrompido pelo back do malão na calçada.
-Vamos lá pessoal. Os quatro seguiram por entre os belos jardins do casarão.
-Vejo que Claus teve bastante trabalho esses dias. Comentou Elouise admirando os belos arbustos no centro do jardim.
-Eduard! Gritou Celine que já havia alcançado a porta. O Sr° Creevel se apressou, junto a ele Jhonny e Elouise se entreolharam apressando o passo também.
-A porta. Disse Celine num sussurro apontando para a maçaneta de bronze derretida. Está aberta!
-O quê? Perguntou Eduard saltando para perto da porta, e abrindo-a com cuidado. Eles entraram.
-Papai. Disse Jhonny. O que aconteceu aqui?
O Sr° e a Sra° Creevel ergueram suas varinhas no mesmo instante apontando-as para todos os lados. A casa estava inteiramente bagunçada, moveis quebrados, até os enfeites natalinos haviam sido destruídos.
-Por Merlin...Claus! Disse Celine chegando na cozinha.

O Corpo de Claus, o mordomo, estava no chão. Seu rosto estava totalmente machucado.
-Desculpe minha senhora!Disse ele juntando as forças que lhe restavam. Eu fracassei.
-Claus!disse Eduard surpreso. O que aconteceu aqui?
-Foram eles meu senhor! Eles nos acharam.
Eduard estava em choque! Jhonny nunca tinha visto o pai daquele jeito.
-Celine, rápido pegue as crianças, agora!
-Mas o que está acontecendo? Perguntou Jhonny confuso enquanto era puxado pelo braço por sua mãe. Não, eu não vou a lugar nenhum...
-Jhonny! Agora não é hora para perguntas, vamos, me ajude aqui!
Eles levantaram Claus com dificuldade. Eduard lançou um feitiço curativo que envolveu algumas feridas no mordomo que se apoiava no garoto.

-E então? Perguntou Eduard a Celine que voltava a cozinha.
-o sótão está intacto. Disse ela apontando para cima. Mas o que tinha isso haver com aquilo tudo pensava o garoto enquanto eles subiam as escadas com cuidado para não machucar ainda mais o Mordomo. A entrada do sótão era uma portinha antiga no fim do corredor,lá só haviam coisas velhas, mas nada.
-Revele Seus Segredos! Ordenou Celine erguendo a varinha no ar. Segundos depois o que era um monte de caixas empoeiradas se transformava numa velha lareira tal como a porta da sala precisa, do lado da lareira, um pote flutuava suavemente.
Ela empurrou Elouise e Jhonny para dentro enquanto Eduard deixava Claus numa poltrona que ele acabara de conjurar.

-Certo, Eduard!Chamou Celine. Rápido não podemos esperar mais, eles podem voltar...
-Tudo bem. Respondeu Eduard, e dirigindo-se a Claus completou. Seja forte, Meu amigo, você sabe o que fazer!
-Pode deixar, Meu senhor.

Eduard pegou um punhado do pó no vasinho que ainda flutuava e entrou na lareira. Junto da esposa e dos filhos, ele jogou o pó sem pronunciar uma única palavra.