domingo, 25 de janeiro de 2009
10:42 | 0 Comentários A casa de baile era no estilo colonial, o piso do salão era completamente revestido de mármore. Toda a parede leste do aposento era feita de vidro, e aos lados do salão oval, corriam cascatas de água com alguns lírios. A verdadeira iluminação era proporcionada por milhares de minúsculas lâmpadas dispostas cuidadosamente pelo teto. Do centro pendia um grande e belíssimo candelabro com dezenas de velas e enfeites de rosa de metal. Naquele dia em especial, o salão estava cheio de jovens aristocratas com fantasias pomposas. -Por que a gente ta aqui mesmo? Jhonny falou enquanto Elizabeth pegava em seu braço esquerdo, e Leonard em seu braço direito, impedindo-o de correr de volta para a carruagem e voltar para casa. O rapaz estava vestido com uma fantasia de cavaleiro reluzente, sua aparência principesca era inegável, a fantasia de Leonard era de vampiro, usava vestes cor de sangue arranjadas por Elizabeth, uma dentadura e uma longa capa preta na qual tropeçava com freqüência, Elizabeth parecia se divertir mais do que o normal com ele. Quando os três entraram no salão, a maioria dos olhares desviou-se para eles, não muito por causa de Jhonny e Leo obviamente, mas sim por Elizabeth, ninguém poderia dizer que ela estava vestida de Snow White, ela simplesmente era a imagem perfeita da princesa. Mesmo segurando Jhonny por um braço, ela conseguia ser a imagem de graça e leveza, com seu andar que mais parecia um bailado. -Você precisa se distrair Jhonny. O corvinal parou com uma cara de “Se o único motivo da gente estar aqui é esse, não precisava ter me arrastado para essa festa estúpida”. Elizabeth fingiu não ver, enquanto Leonard procurava uma mesa para eles, a orquestra começou a tocar uma valsa de Mozart. Os três se sentaram em uma das mesas circulares com arranjos de rosas brancas. Uma garota vestida de odalisca convidou Jhonny para dançar, ela falava italiano, ele limitou-se a responder em inglês, “Não falo sua língua”, embora dominasse italiano o suficiente para entender o que ela estava querendo. Seis garotos chegaram perto de Elizabeth tentando tirara-la para dançar, sem sucesso. -Essas festas são sempre animadas assim? Ela perguntou com um sorriso enquanto observava os casais bailando. Passadas duas horas depois da chegada deles ao baile, um rapaz sozinho surgiu do meio da pista de dança, ele não estava fantasiado, usava um suéter de gola role preto e uma calça jeans, mortalmente belo, parecia um modelo recém saído de algum catálogo de nova estação de alguma grife mundialmente famosa, seus cabelos louros escuros e olhos cor de topázio. -Parente seu? Leon perguntou pelo canto da boca a Elizabeth, a expressão dela era a de quem havia acabado de presenciar um terrível acidente. O rapaz puxou uma cadeira vazia e se sentou de frente para o Jhonny e a esquerda de Elizabeth. Ela olhou para as caras de espanto de seus companheiros de mesa e falou. -Senhores, este é Joseph Beckinsale. O rapaz tomou as mãos de Lizzie e ela arregalou os olhos, um clique cego chegou aos ouvidos humanos de John e Leo, era o barulho de uma arma engatilhando. Minutos depois o salão se escureceu, haviam cortado a energia. -Lumus Solem. Lizzie sussurrou, imediatamente todas as centenas de velas do candelabro se acenderam, e abaixo dele, estavam um homem de cabelos negros, uma mulher de aparência oriental e uma outra de cabelos castanhos, todos os três com os olhos vermelhos como sangue, todos os três incrivelmente belos. Elizabeth derrubou a mesa e disparou junto com Joseph seis tiros. Quando Jhonny deu por si, estava no segundo seguinte estava do outro lado do salão, em cima da escadaria que conduzia a porta. Lizzie estava a sua frente, disparando contra os três. Joseph lutava com o homem, a munição da garota acabou, ela jogou a arma inutilizada de um lado Lizzie havia acertado a maioria do tiros na garota morena, deixando-a caída no chão gemendo. A lufana agachou-se no chão e fez um sinal para Jhonny. -Suba. O rapaz arregalou os olhos, a garota morena havia se reerguido, todo o seu corpo estava cheio de buracos dos quais saiam um líquido amarelado parecido com pus. -Anda logo Jhonny. A mulher oriental havia se ocupado de dizimar os humanos que não haviam conseguido correr na primeira oportunidade. Com graciosidade, sem se sujar com uma gota de sangue se quer, ela cortava gargantas como um músico mexia o arco de seu violino. Segundos depois e Jhonny era o único humano no salão, exceto por Leonard que estava de pé ao lado da mesa derrubada por Elizabeth. A garota japonesa, dançava em sua direção, como uma cobra que espreita um coelho. Jhonny também se viu lutando contra os braços de ferro de Elizabeth, a garota, o modo como ela andava, o modo como seus cabelos dançavam atrás de si, era tudo tão convidativo. Então tudo quebrou-se, com um sorriso a garota ergueu a mão e decepou a cabeça de Leonard. Jhonny sentiu o corpo tremer, ela olhou para ele com um sorriso, e Jhonny ouviu um som profundo, vindo debaixo do corpete azulado de Elizabeth, ela estava rosnando. -Fica longe Haruhi. A lufana simplesmente lhe deu as costas e começou a correr, Jhonny agarrava o pescoço de pedra com tanta força que tinha medo de quebrá-la. Tudo virou um borrão, e a única coisa que ele conseguia discernir era a figura de Joseph correndo ao seu lado. Então seu corpo bateu contra os travesseiros, e ele custosamente se sentou, a imagem da cabeça decapitada de Leonard dançando em sua cabeça. -Você é uma deles não é? Você é uma assassina Jhonny falou com escárnio, Elizabeth soltou um suspiro condoído. -Eu não sou como eles do jeito que você está pensando. O corvinal cerrou os punhos e avançou para cima de Elizabeth, como teria ido para cima da vampira oriental. -Você matou o meu melhor amigo! Ele gritou, Elizabeth soluçou fracamente, Joseph colocou as mãos ao redor dos ombros de Lizzie enquanto ela encostava os dedos nas têmporas de Jhonny. -Boa noite Jhonny. Ela sussurrou... |
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