sábado, 3 de janeiro de 2009
07:13 | 0 Comentários Era manhã de natal, Christian levantou-se sonolento enquanto sentada na sala Audrey abria toda a infinidade de presentes que recebia dos tios e dos avós. Com um bocejo o escritor se sentou em uma das poltronas marrons perto da árvore. Como Christian pode reparar, os dedos de Audrey estavam com três pequenos cortes, somente ela para conseguir tal proeza, ele comentou para si mesmo com um sorriso paternal no rosto. O escritor estava em um estado de semi adormecimento profundo quando a ruiva arrastou até ele uma pilha de pacotes multicoloridos com estampas brilhantes. -Seus presentes papai. Christian abriu os olhos com um sobressalto, a filha olhou para ele com um sorriso divertido enquanto ele colocava o primeiro pacote sobre o colo e puxava o laço e olhava o cartão. -Ahm, maravilha, me lembre de mandar um cartão agradecendo a tia Beatrice, palitinho de fósforo. Audrey se levantou e começou a limpar os papéis de embrulho que seus presentes haviam deixado, amontoou-os debaixo do braço e os levou para o quarto, jogando-os com displicência em cima da cama. Descendo quase voando as escadas de volta para a sala, ela encontrou o pai dormindo com três presentes abertos sobre o colo, e o resto da pilha praticamente intacto. -Papai? Ela o abraçou enquanto ele se colocava um pouco mais desperto. -Ahm, obrigado palitinho de fósforo. -Você devia voltar a dormir papai. Christian soltou um bocejo preguiçoso enquanto se levantava para ir até a cozinha pegar um copo de café para que conseguisse se manter acordado. Audrey deslizou pela poltrona e abaixou-se recolhendo os embrulhos já abertos e apertando os outros perto da árvore. Christian subiu novamente para seu quarto, trocou as roupas e lavou o rosto para tentar se manter desperto. Era a última vez que ficava acordado até duas da manhã olhando álbuns de fotos em véspera de natal, odiaria que Audrey passasse esta data sozinha simplesmente por que tinha sono. Quando desceu para a sala, a menina havia colocado um prato de panettone com um copo de suco em cima da mesa, sua comida de natal predileta. Deu duas generosas mordidas e antes que pudesse mastigar a campainha tocou, engoliu a massa de comida e a contra gosto foi abrir. Os dedos sonolentos deslizaram pela maçaneta de metal e um clique se fez quando ele girou o ferrolho. A visão que Christian teve foi a mais nostálgica possível, a sua frente, era como se a imagem masculina de Anna Valerious tivesse ressurgido, os mesmos olhos azuis, os mesmos cabelos negros, a pele marmórea como uma estátua, e os lábios cor de carmim. -Senhor White eu presumo? Ouviu-se um baque surdo, provavelmente Audrey já havia tomado conhecimento do visitante e no caminho do quarto deveria ter tropeçado em alguma coisa. -Perfeito, você seria? Ele deu um sorriso torto da mesma forma que Anna fazia, o escritor passou as mãos pelos braços em uma vã tentativa de se aquecer. -Perdoe-me a petulância, mas você teria algum parentesco com uma moça chama Anna Valerious? Christian abriu passagem e com um aceno da cabeça pediu para que Vlad entrasse. O vampiro se sentou com retidão em uma poltrona, e o escritor se sentou a sua frente. -Bem senhor, sim Anna é minha parenta. Vlad teve muito cuidado para pronunciar a última parte de forma que Audrey não ouvisse, educadamente disse seu nome quando Chrstian lhe fez a pergunta. -Bem, Vlad, poderia saber o que o traz aqui no dia de natal? O sonserino entrelaçou seus dedos e respondeu com uma voz calma e suave. -Esperava encontrar o senhor mais maleável no dia de natal. Christian mordeu suas bochechas internas, um calafrio percorreu sua espinha quando viu um sorriso surgir nos lábios de Vlad. Alguns instantes depois, se virou na direção em que o vampiro olhava, e viu Audrey descendo as escadas, os longos cabelos ruivos presos com uma fivela em forma de borboleta que se ele havia prestado atenção minimamente, havia sido presente de seu tio mais velho. A menina encaminhou-se para o lado de Vlad, colocando as mãos nos ombros dele. -Eu perdi alguma coisa? Vlad meneou com a cabeça, sondando cada movimento da mente do escritor que lhe desse indícios de como agir. Tanto ele quanto Audrey estavam completamente surpresos com a presença dele lá. -Bem senhor, o motivo da minha visita aqui, Ele deu uma pausa e olhou para Audrey antes de continuar. -É que sua filha é um dos tesouros mais preciosos que eu e o senhor possuímos tenho certeza, e, estou certo de que o senhor agiria da mesma forma que você caso estivesse no meu lugar. Christian espremeu os olhos e mordeu o lábio superior. -Você não está grávida, está palitinho de fósforo? Antes que a moça pudesse fazer algo Vlad interferiu em sua defesa. -Não senhor, o que eu gostaria de dizer é que eu queria me tornar namorado da sua filha. Christian fez uma careta. -Você têm que fazer a pergunta para ela. O vampiro se virou e olhou para Audrey, tomou as mãos delas nas suas e falou em tom solene. -Quer me dar essa alegria? Ela sorriu e o beijou levemente. -Nada me faria mais feliz. Esquecendo-se completamente de Christian, Vlad passou a mão pela cintura de Audrey e sentou-a em seu colo. Christian começou a pigarrear, cada vez mais alto, e chamou a filha em bom e alto tom. Audrey levantou-se completamente vermelha. O escritor levantou-se, e fez um sinal para que o sonserino o seguisse. -Bem, pode conversar com sua namorada depois das festas... Falou o escritor antes de literalmente colocar Vlad para fora falando “Feliz Natal”. A ruiva sorriu e pousou as mãos sobre os ombros, sentiu no bolso direito de sua calça um volume que ela não tinha percebido. Era uma pequena caixa, de veludo preto com um laço vermelho, do tamanho do palmo da mão de Audrey só que mais fino. Os dedos ansiosos abriram a caixa, e do lado de dentro, gravado em entalhes dourados estava escrito “Queen Lucy Dagger” |
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