Travessa do Tranco ~ In Memoriam
Vampire
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 03:44 | 0 Comentários

A revoada matinal de corujas entrou pela janela do salão principal. Despreocupada Sakura mordiscava uma torrada com geléia de amora, como de costume, o salão se aquietou de leve quando Anna Valerious passou pela mesa da corvinal em direção a mesa da Grifinória.

A corvinal desceu a mão até o Alethiometro na mochila. Abriu a bússola dourada e semicerrou os olhos e perguntou ao objeto.

-Ela é humana?

Achava impossível o Alethiometro te-la mandado colocar em posto de tutor uma pessoa vamos, por assim dizer normal.Sakura colocou as mãos no rosto, esfregou os olhos e depois voltou a abri-los. Mas ainda continuava lá, os ponteiros do alethiometro indicando o bebe, a caveira e a vela. A corvinal crispou os lábios e semicerrou os olhos como fazia para entrar em estado de transe para ler o objeto dourado.

Os dedos correram ágeis contestando a primeira resposta do alethiometro, e quando o ponteiro azul maior começou a girar, a mesma resposta, que hábito irritante ela havia adquirido de contestar as respostas do objeto.

A resposta era sempre a mesma, indicando o bebe, a caveira e a vela. De novo o bebe, a caveira e a vela. Sakura fechou o instrumento dourado com um estalido. O tique metálico do movimento dos ponteiros do Alethiometro retumbava em sua mente junto com a resposta traduzida e enunciada na sua própria voz.

Uma coruja pousou na frente de Sakura com a edição semanal do Profeta Diário. A corvinal amarrou os cabelos cor de chocolate com um laço de fita azul marinho e deu um gole no suco de abóbora enquanto Anna conversava com um garoto louro.

A resposta continuou na mente da corvinal, um tique tique irritante, ela observou enquanto a sonserina saia do salão principal, e desgostosa deu mais uma golada em seu suco de abóbora. Na mente, como um badalo de sino titubeante, estava a resposta do Alethiometro.

Ela respirou fundo, a aparência perfeita, as notas perfeitas, o isolamento das outras pessoas. Era tudo tão óbvio, a garota era monitora, Sasuske já havia se encontrado com ela algumas vezes. As pupilas azuis que levemente mudavam de cor e o fato de nunca sorrirem mostrando os dentes. Talvez fosse necessário uma consulta a biblioteca, mas no fundo Sakura não sabia por que havia ficado tão amedrontada, era o mundo da magia e para um trouxa ela também seria motivo de medo.

Mas havia algo no instinto humano de Sakura que avisava que aquela garota era problema, não que fosse mal caráter ou algo do gênero, mas a resposta firme e forte do Alethiometro não deixava dúvidas. Irritada pela falta de credibilidade que ela tinha em si mesma, a moça pegou a mochila, jogou-a por cima do ombro esquerdo e caminhou para sua primeira aula aquela manhã. Mas pelo resto dia, a mesma palavra ecoou pela mente da garota Haruno.


(...)


Vampira, vampira, vampira.

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