A aula de adivinhação tinha acabado de terminar. o corvino apressado tentava se livrar da multidão de alunos que seguia escada abaixo. Seus olhos estavam fixos no moreno que descia rapidamente as escadas a sua frente. Norris Kimball.
O moreno, por sua vez, estava caminhando apressadamente pois tinha certeza de que Louren ia ter de aparecer para jantar. Ou ela o estava evitando (sabe-se lá porque) ou simplesmente resolvera que iria vegetar na sala comunal da Grifinória. A segunda opção era pouco provavel.

Ele entrou no salão principal sem se dar conta que estava sendo seguido.
o corvino esperou até que o moreno se acomodasse na mesa da sonserina, esse seria o momento ideal para uma aproximação apropriada. exceto por uma coisa: Louren Evans estava parada poucos metros da grande porta da sala, era óbvio que o sonserino viria ao seu encontro quando a visse, trabalho perdido, pensou jhonny que ficara na cola do sonserino por toda a manhã.

Jhonny Puxou a varinha, certificou que o hall estava vazio e que a menina estava destraida o suficiente para não percebe-lo ali.
- Estuperfaça!- susurrou ele com a varinha apontada para a menina que bateu contra aparede e caiu inconciente no chão.

O sonserino escutou o barulho abafado de algo caindo no chão mas não deu importância. Resolveu que seria muito melhor aproveitar o seu tempo com algo de maior importância. Tanto é que nem ao menos olhou para trás e dirigiu-se a mesa da Sonserina se acomodando por lá. Tirou um exemplar do Profeta Diário do dia da mochila e fitou a primeira página franzindo as sobrancelhas. Ignorou a foto do tio que o fitava na primeira pagina (nada realmente interessante. O homem estava sendo acusado de ajudar Sirius Black a fugir dois anos antes) e começou a ler uma reportagem que julgou interessante. O corvino aproximou-se sem muita cerimônia, sentando-se a mesa da Sonserina, invadindo o espaço alheio, exatamente como Callister fizera dois dias atrás.
- Kimball.
- Boa noite, Creevel. - Respondeu o sonserino com frieza sem erguer os olhos de seu jornal.
- Não use esse tom, sonserino. - Resmungou o loiro. Ao dizer a ultiam palavra, ele parecia ter certo nojo de si mesmo por estar naquela mesa, mesmo que por breves minutos. O sonserino baixou o jornal e sorriu com indiferença.
- Tem algo a me contar ou resolveu que caiu na casa errada? - O tom era o mais debochado possivel.
- O que quer dizer, Kimball?
- Creevel, todos sabemos que você é pior do que a maioria dos sonserinos.
Antes que qualquer um no salão pudesse entender o que estava acontecendo, uma luz vermelha saiu da varinha de Jhonny, sendo defendida prontamente pelo sonserino.
- Você está mesmo a fim de duelar? - O tom de Norris ainda estava impregnado de deboche.- Ou tem medo de ser pego?
O corvino olhou para os lados. Convenientemente o salão principal estava vazio. Pelo menos de professores. Os alunos mais proximos haviam se aglomerado ansiosos ao redor dos dois, que agora estavam de pé e se encaravam. O loiro tinha um ar aborrecido e o moreno parecia estar divertindo-se com a distração.
- Everte Statum!
- Protego.
Os sonserinos presentes no salão principal reviraram os olhos. Se Kimball ia continuar só se defendendo, era melhor rezar para que essa tatica continuasse funcionando. Ou iria ter problemas no Salão comunal depois. Antes que Creevel pudesse lançar seu proximo feitiço, o rapaz continuou.
- Impedimenta!
Os dois continuram defendendo-se e atacando um ao outro por mais meia hora, enquanto todos olhavam interessados. Os quintanistas tinham certa habilidade no duelo. Que foi interrompido pelo pigarro mais irritante do mundo. Imediatamente, os dois baixaram as varinhas virando-se para encarar Dolores Umbridge esquecendo dos feitiços lançados antes da chegada da mulher. Os ultimos feitiços: "Incarcerous" e "Incendio" os atingiram, chamuscando as vestes do sonserino e amarrando firmemente o corvino. Uma sonserina do pequeno publico ergueu-se rapidamente e fez as cordas desaparecerem.
- Eu gostaria de saber, senhores, o que estava acontecendo aqui.
- Um duelo amigavel. - Respondeu Jhonny ao que Norris revirou os olhos. O Sonserino tinha um corte fino proximo a sobrancelha direita e um fino filete de sangue escorria dali. O corvino estava em perfeito estado. Umbridge imitou o gesto de Norris e os arrastou para sua sala.

Os dois rapazes entraram na sala que era decorada com gatos por todos os lados. Kimball desconfiava que logo ia afogar-se em rosa, de tanto que a cor estava presente na sala.
- Sentem-se, rapazes.- Os dois obedeceram.- Eu ouvi dizer que os dois causaram certa confusão no salão principal.
- A senhora acha?- Debochou Norris friamente.
- Os dois tem uma detenção esta noite. Espero que nenhum dos dois tenha planos para hoje ou tenha nojo do pus das Bubotúberas. É isso que vocês terão de recolher hoje. Sem varinha e sem as tals...luvas de proteção.
- Esse pus... Em contato com a pele produz tumores. - O loiro franziu as sobrancelhas estranhando a dentenção. Aquilo seria como uma tortura.
- Não é extremamente interessante, exatamente por isso?
O olhar da mulher-quase-sapo era satisfeito, como se houvesse conseguido ensinar a uma criança rebelde como prestar atenção. Os dois se entreolharam antes de cada um produzir uma carranca para o outro.
A noite ia ser longa.