domingo, 28 de dezembro de 2008
15:16 | 0 Comentários O dia, como todos os outros em que esteve naquele hospital, começava para Elise monótono exceto pelo fato de ser véspera de Natal, o que o deixava além de tudo, irritante. O Natal nunca fora uma das datas favoritas de Elise, não que ela tivesse uma, mas o natal era verdadeiramente deprimente. Juntar-se em volta de uma árvore morta toda enfeitada e trocar presentes fingindo que todos ali se gostam, além de ter que encarar um jantar pra lá de indigesto sempre sujeito a piadas irônicas, sarcásticas e com o claro objetivo de abaixar a auto-estima de qualquer um. Claro que quando ainda era criança, ainda acreditava que algum espírito de união pudesse existir e salvar aquela sua família. Vãs crenças apagadas com o tempo. E também do que adiantava se agora ela estava sozinha numa cama de hospital, toda quebrada e abandonada por todos aqueles parentes fingidos. Elise suspirou. Tinha acabado de acordar, estava de noite, o que significaria que logo seria dia 25, que todos estavam felizes em ceias e que teoricamente deveria chamar uma enfermeira, mas ela não tinha a mínima vontade de fazer isso. Contrariando as recomendações a menina tentou sair da cama e pôr-se de pé. Uma dor insuportável subiu-lhe pela espinha até a cabeça que começou a latejar. Deveria ficar sentada. Voltou para a cama bem a tempo, pois a porta estava sendo aberta. Rezando com todas suas forças para não ser alguém com remédios, Elise quase sorriu de alivio ao ver quem era. - Ah, é você. – disse a menina. - Contrariada? Esperava que fosse quem? Sua mãe? – respondeu a mulher que acabara de entrar no quarto, rindo debochadamente. - É, ela mesma... –disse Elise revirando os olhos. – Eles já foram? – perguntou por fim. - De manhã. – disse a outra. – Disseram que preferiam não se despedir de você porque no fundo não era uma despedida e que vocês voltariam a se ver, ou pelo menos era o que eles queriam. Pude quase jurar ver lágrimas nos olhos de alguns... - Há! Não brinque comigo! Sabe que não posso rir... – respondeu a menina fazendo pouco caso do ocorrido. Dois dias antes sua família inteira havia anunciado que iria mudar-se para outro lugar por motivos de segurança. Deixariam para trás Elise e os primos. Ao que a menina entendera cada um fora para um local diferente. Tinham medo de Beatrice, e dela própria e obviamente pensaram que separados demorariam mais a morrer. A principio a notícia pegara Elise de surpresa, mas depois vira que afinal eles não passavam de humanos. Joey e Mackenzie continuariam em Hogwarts só que agora a responsável por eles por lá seria Samantha, sua prima mais velha. Não haviam dito nada sobre Elise, mas a menina tinha quase certeza de que Beatrice assumiria sua responsabilidade por lá. Não que ela precisasse... Owen não precisava de responsáveis em Beauxbeatons, embora seu pai nunca tivesse negado-lhe nada. Owen... De qualquer modo não fazia diferença pensar nisso ou não... - O que foi? – perguntou Beatrice após o silêncio de Elise. – Está triste porque fizeram isso com você no Natal? Ou porque fizeram com você no hospital? - Nenhum nem outro... Estava me perguntando quando você vai começar a me contar porque eu não morri. – disse a menina de repente pegando a outra de surpresa. - Ah, então era isso... Você não morreu porque foi forte o suficiente para agüentar a hospedagem e a transição. - Você sabe que não foi isso – disse Elise séria – Porque eu fui forte o suficiente? Há algo aí e eu quero saber exatamente o que é. E é bom começar a falar também sobre Brigitte, Laiyl, Virginy e Ange. Beatrice arregalou os olhos de repente surpresa com a frase da outra. - Como raios sabe disso? – foi o que conseguiu dizer em meio à surpresa. - Eu não sou burra, Beato. Não achou que eu ia servir de recipiente para você e não saber nada sobre nada. Eu pesquisei, eu fui atrás e eu descobri algumas coisas e prefiro ouvir da sua boca a ter que adivinhar sozinha com sérias chances de errar. - Pois bem senhorita, que quer saber? Porque não morreu? – começou Beatrice – Apesar de que acho que sua indagação é bem mais profunda que isso... Quem são Brigitte, Laiyl, Virginy e Ange? Bruxas, mas novamente, vai muito além disso... Poderia ficar falando horas e horas sobre isso... - Então fale. Não é como se fossemos a algum lugar. – interrompeu Elise - Hoje é Natal. - Também não temos nenhum compromisso. – disse impassível. Ouviria tudo o que a outra tinha para dizer custe o que custar. - Determinação, minha pequena, pode não ser tão boa quanto pensa. - Pare logo de enrolar. Se vai continuar assim... - Vai me ameaçar? – perguntou rindo - Pior. Vou ser obrigada a começar a falar. - E isso é ruim como? – perguntou Beatrice duvidosa - Eu acharia bem desagradável visto sua posição. Novamente, não me enrole porque eu posso falar horas a fio tudo o que sei e você só vai ter mais trabalho em falar tudo novamente, portanto, poupe-nos disso. - Tsc. Entendi... – disse Beatrice visivelmente contrariada. – Começamos a história há muito, muito tempo atrás quando um ser, um homem dotado de inteligência e sensibilidade descomunal teve em sua incompreendida e brilhante mente a idéia totalmente inovadora de criar, ele próprio, 7 bruxas, 7 mulheres dotadas de habilidades especiais, 7 bonecas, 7 criações suas. - Pretende usar tantos adjetivos assim, ou foi só nessa parte? – perguntou Elise interrompendo a oura. - Agora que comecei vai me interromper por causa disso? – retrucou Beatrice – Não, foi só dessa vez... De qualquer modo, esse ser a quem chamamos de “pai” desenvolveu uma técnica dele e implantou-a em mulheres que achou serem dignas e portadoras de um padrão para receber tais poderes. A primeira mulher que ele achou para o “protótipo” foi no norte da Europa, na Finlândia, terra fria onde Virginy foi criada. Aparentemente o protótipo dera certo e ele então partiu, para o próximo destino, Itália onde eu fui criada. Se pensarmos bem eu fui a número 1, já que Virginy fora um protótipo, um teste. Em seguida, com tudo correndo às mil maravilhas ele foi à França onde nasceu Brigitte e em seguida à Rússia, onde criou Laiyl. Após a criação de Laiyl, entretanto, ele não foi forte ou capaz o bastante de sobrevier e acabou morrendo ou desaparecendo simplesmente já que não existem registros dele ou de sua morte. Antes de morrer entretanto ele havia deixado com cada uma de nós um papel com instruções, se é que podemos chamá-las assim. Nesse tal papel havia informações sobre a existência das outras criações e como encontra-las e também como encontrar as outras 3 mulheres a quem deveríamos tornar bruxas e como fazê-lo. Acabamos por nos encontrar e não muito tempo depois achar a 5 que deveria tornar-se uma de suas criações. Foi aí que encontramos Ange na Alemanha e ela virou uma de nós. Passado um bom tempo começamos a além de procurar as outras 2 mulheres, procurar o “pai”. Já um bom tempo depois nós achávamos que tínhamos encontrado a 6ª destinada e implantamos nela os poderes, entretanto ela morreu pouco tempo depois. Ao que parece confundimo-nos e desse modo praticamente desistimos de encontrar as 2 restantes, concentrando-nos apenas em achar o “pai”. Veja, seria bem mais fácil caso ele nos ajudasse, fosse como fosse. Enfim, Brigitte e Laiyl decidiram começar um “jogo” para achar o pai em algum outro lugar e eu decidi vir para a Inglaterra e começar meu próprio “jogo”. Virginy e Ange acabaram seguindo-me, cada um com seu motivo e passaram a observar-me. Foi aí que encontrei você. Na época do incidente envolvendo a suposta 6ª o nome da mulher também era... - Marie Elise. – disse a menina. – Minha tia, Marie Elise. ~¨~*~¨~*~¨ -Pessoal!!! olha o Estação Hogwarts voltou de novo!! -E está a procura de novos integrantes, e eu faço questão de anunciar, e aconselho a aqueles que estão realmente com vontade de escrever!!! |
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