segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
09:15 | 0 Comentários Jhonny colocou as mãos com força nos bolsos estava fazendo um frio cortante e o jovem estava a caminho da entrada do castelo. Então Jhonny ouve uma risada particular, o corvinal virou um pouco seu trajeto, e na superfície de um laguinho congelado, Audrey tentava patinar apoiando-se em Vlad. A grifinória segurou nos braços do sonserino que deslizava sobre duas lâminas. O sonserino tentou se distanciar e a moça acabou escorregando, mas antes que ela tocasse o chão, ele puxou-a pela braço e segurou em sua cintura delgada de modo a não deixar que caísse. Vlad girou sobre suas próprias laminas e deixou Audrey em pé. Mas a sutileza da garota logo a fez cair de novo, o vampiro enlaçou o a perna dela e colocou-a por cima da dele como em um passo de tango. A grifinória riu pelo nariz e Vlad a deitou no chão coberto de neve, colocando-se por cima dela com um sorriso. A ruiva rolou e ele cedeu fazendo-se ficar por baixo. A todo o tempo os dois riam juntos e Jhonny sentiu um terrível formigamento incomodo dentro do estomago. Algum tempo se passou até que eles se sentassem e descalçassem os patins. Vlad colocou os dele e os de Audrey por cima do ombro e ajudou a garota a se levantar. -No próximo fim de semana podemos retomar as lições de patinação, isso é claro se você não quebrar algum osso da perna até lá. O vampiro falou com um sorriso. Audrey cruzou os braços e lhe mostrou a língua. -Fica me mal agourando agora sir Von Stoffen? O rapaz mostrou a mão esquerda como quem está desarmado. -Mal agourando não, expondo os fatos. A resposta da ruivinha foi curta e grossa, uma grande bola de neve .Vlad abaixou-se e revidou com uma bola de neve um pouco maior que acertou Audrey em cheio. Jhonny não agüentou ver mais. Colocou as mãos no bolso com força e raiva, mas lançando um último olhar aquela cena pitoresca, viu Vlad encarando-o e balançando a cabeça em negativa antes de receber outro tiro de Audrey. O corvinal voltou a andar em ritmo apressado em direção ao castelo e quando estava a alguns poucos metros de distância da entrada, avistou o sonserino recostado no muro ao lado do portão do castelo. Jhonny desceu o capuz e apertou o passo, mas Vlad se colocou na frente dele. -Vou lhe dar somente um aviso Creevel. Fique longe da Audrey. Jhonny olhou para ele com uma sobrancelha arqueada, pela cena que acabara de presenciar, o vampiro não deveria estar fazendo ameaças daquele gênero. -Como disse? Vlad sorriu sinistramente e pela primeira vez em anos não se preocupou com os caninos salientes que ficaram amostra. -Você entendeu perfeitamente. E se você teme pela sua vida, é melhor que você não a faça derramar mais nenhuma lágrima sequer está me ouvindo? Os feitiços que transformavam a cor dos olhos de Vlad falharam por um momento e Jhonny viu dois rubis faiscantes encarando-o. -Eu não entendo o porque de estar dizendo isso. Vlad soltou um riso forçado e sorriu demoniacamente. -Ora, vamos Creevel, eu não idiota e eu tenho certeza de que você também não é. Um cheiro de metal queimado foi se tornando mais forte e a figura ameaçadora de Vlad foi crescendo ainda mais a cada segundo. Jhonny começou a cair em si em relação ao perigo que estava de verdade correndo, mas antes que ele alcançasse sua varinha, o sonserino abriu sua mente e permitiu que Jhonny visse uma imagem gravada a ferro quente na memória dele. Jhonny sentiu uma pequena dor nas têmporas, e quando abriu os olhos de novo, seu corpo estava meio esfumaçado e ele se viu em um corredor das masmorras. A sua direita, iluminado pela luz dos archotes estavam Vlad e Audrey. O sonserino abraçava a ruiva com carinho e Jhonny pode ouvir os soluços engasgados dela, a face angelical contorcida em angustia e decepção. -Vai ficar tudo bem Audrey. Não chore por uma bobagem dessas. Falou Vlad enquanto acariciava os cachos cor de carmesim. -Eu não queria ter visto eles... A voz foi interrompida por um soluço. O sonserino abraçou-a com um pouco apertado. -Não chore por causa do Creevel. Se me permite dizer, eu lhe acho dez mil vezes mais bonita que a Talbolt. Ela ergueu o rosto, e Jhonny viu a decepção e a vergonha estampados nos olhos cor de esmeralda lacrimejantes. A imagem se dispersou e o corvinal se viu uma vez mais de frente para o vampiro que parecia prestes a lhe estuporar. Talvez tivesse acontecido algo, mas uma voz feminina, calma e doce falou. -Jhonny... Ambos se viraram e Anna Valerious, com os braços cruzados sobre o suéter verde musgo de gola role. Os cabelos presos em um rabo de cavalo e a expressão de quem está interrompendo uma conversa de dois amigos. -Você tinha marcado comigo na biblioteca a quase meia hora lembra? Na verdade Jhonny não se lembrava de nada. Mas para conseguir distância do sonserino sinistro, para refletir e tentar analisar o que aconteceu, ele seria capaz de aceitar qualquer coisa que lhe oferecesse uma oportunidade de conversar a sós com Anna H. Valerious. |
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