Travessa do Tranco ~ In Memoriam
Swenney Todd, barbeiro demônio da rua fleech
quinta-feira, 13 de novembro de 2008 06:10 | 0 Comentários

Havia um grande barbeiro em Londres. Um mestre com a navalha, e um feliz esposo que um dia despertou a inveja de um poderoso juiz. Sasuske Uchiha era bem sucedido em sua profissão e também era casado com a bela loura Keiko.

Touya era um juiz poderoso e rico que caiu de amores pela senhora Uchiha que fazia questão de manter-se fiel ao marido. Uma noite, enquanto Touya Mikage rondava a barbearia de Sasuske ouviu-se um grito de felicidade, Keiko estava grávida.

Condenado pelo crime de amar, o barbeiro foi preso deixando a esposa com uma criança nos braços a completa mercê de seu algoz. Quinze anos se passaram, quinze longos e sombrios anos Sasuske passou preso em exílio numa cela imunda em um canto remoto da Europa. Liberaram-no quando estava em forma irreconhecível, desfigurado pelo sofrimento e pérfido pela dor.

O pobre homem fugiu de volta escondido como rato no porão de um navio cargueiro, sendo alimentado pelas boas graças de um marinheiro altruísta. Sasuske mantinha-se vivo pelo desejo de vingança e pela lembrança de Keiko com sua criança, mas agora, não as encontraria mais como o bondoso e gentil senhor Uchiha, agora ele era Swenney Todd.

Swenney desembarcou no porto de Londres, seus sapatos puídos tocaram o chão e o cheiro de fezes e vomito entrou por suas narinas, ele tomou rumo em direção à antiga barbearia de Sasuske.

Ela não mais existia, no lugar de outrora aonde ficava seu vistoso estabelecimento, ele encontrou uma imunda e pobre loja de tortas de carne. O letreiro, estava quase todo comido pelas traças, era impossível de decifrar outra palavra a não ser meat pie. Swenney entrou e uma sineta de metal enferrujado tiritou de leve, ele teve de afastar uns três ou quatros ratos para conseguir chegar até uma das mesas de cadeiras descombinadas, do balcão, uma figura jovem e feminina tirava insetos de uma massa para depois socar em uma cuia e ai vir sentar ao lado de Swenney oferecendo-lhe a torta de carne sem carne.

-Um cliente finalmente, um cliente.

Swenney olhou para a comida e a empurrou para o centro da mesa da forma mais sutil que pode. Olhou para os lados e depois para a escada do lado de fora da porta lateral.

-A senhora não teria nenhum quarto vago para alugar lá em cima?

A moça parou de tagarelar, olhou para seu suposto cliente e ele conseguiu notar suaves tons de rosa no cabelo dela que suavemente apareciam pela sujeira de fuligem enegrecida. Ela ergueu os olhos e Swenney Todd pode reparar que eram de um verde água profundamente familiar.

-Meu nome é Sakura, e bem, você definitivamente não gostaria de ficar aqui. No andar de cima, a muito tempo atrás morava um barbeiro e sua esposa, o senhor e a senhora Uchiha. Há alguns anos o senhor Uchiha foi preso e a Keiko Uchiha...

Sakura baixou os olhos e fitou as próprias mãos que repousavam suavemente sobre o colo de vestido negro. Swenney reconheceu-a como sendo Sakura Haruno, uma jovem órfã que Keiko havia contratado para varrer a barbearia.

-O que ouve aqui?

Sakura pigarreou de leve e mexeu os dedos enluvados, respirou fundo e começou.

-Há muito tempo atrás morava aqui um barbeiro, um gênio com a navalha, um artista impressionante, ele tinha uma esposa, uma linda criatura, mas tão inocente pobrezinha. Um dia, o juiz da cidade, Touya Mikage condenou que Sasuske Uchiha fosse preso e passou a cortejar todos os dias suas esposa Keiko. A pobre, pobre criaturinha lutava com todas as forças para permanecer fiel ao marido e a filhinha deles, uma menina chamada Tomoyo.

Uma noite, quando a criança já estava no berço, o juiz bateu a porta e manifestou as mais sinceras condolências pela prisão do marido. Entregou a senhora Uchiha um vestido de baile e pediu para que ela se trocasse o mais depressa possível, ele daria um baile em sua homenagem e sem suspeitar de nada a pobre criaturinha inocente o seguiu até a suntuosa mansão aonde corria de vendo em popa um baile de máscaras.

Ela não reconheceu ninguém, a noite se passava e ela só via máscaras estranhas, pobre criaturinha, ela bebeu, ninguém lhe estendeu a mão, pobre criaturinha, ela bebeu. Quando o relógio bateu a meia noite, Keiko sentou-se em um sofá tonta e fraca. Touya, encobriou-a com sua capa, ela assustou-se, ele a beijou impedindo que gritasse, ele subiu a força o vestido dela, desafivelou a própria calça e...

Swenney levantou-se derrubando a mesa com raiva e ódio.

-Ninguém teve pena dela?

Sakura sorriu e levantou-se também colocando a mão no rosto de Swenney.

-Sasuske, é você?

Ele virou o rosto e falou com um sopro de voz.

-E depois? E depois o que aconteceu com ela?

Sakura olhou para o chão e matou um inseto que passava com a ponta do salto. Virou o rosto em direção a escada que levava ao andar de cima e depois sentou-se novamente com as mãos juntas sobre o colo.

-Bebeu arsênico, e no dia seguinte Mikage veio aqui e levou Tomoyo para morar com ele.

Sakura o tomou pela mão e levou Swenney até o andar de cima, o antigo apartamento. Era um lugar tão nostálgico para ele, em um canto, perto da janela ainda estava o berço de seu bebe. Ele levantou o lençol imundo e viu o urso que ele havia comprado para ela uma semana antes de ter sido forçado a ir embora. A moça dos cabelos róseos foi até o lado da cama de casal aos farrapos e abaixou-se para remover uma tábua solta do assoalho.

-Eu peguei isso no dia em que levaram a criança embora.

Então tirou de lá uma caixa metálica com entalhes que lembravam a abobada de uma igreja renascentista. Ela abriu com cuidado e lá estavam, todas as navalhas do antigo Sasuke Uchiha. Swenney andou até elas como se fosse pegar nos braços a própria Tomoyo. Pegou a primeira e a ergueu para o alto como um amante que reencontra a esposa perdida.

Uma semana se passou desde que fora reeinaugurada a barbearia de Swenney. E na manhã de Sábado, quando era de feitio de Mrs Haruno ir as compras semanais. Este dia em especial, ela e seu estranho hóspede foram juntos. O mercado imundo da ralé de Londres era palco dos mais variados shows de horror. Enquanto Sakura barganhava o preço de um filé cru de carne Swenney ocupou-se de olhar um show que começara a poucos minutos. Um barbeiro, chamado Joseph Baldinni gabava-se de ser o melhor de toda a Europa, o próprio papa vinha barbear-se com ele. Swenney deslizou a mão até uma das três navalhas que levava no bolso,

-E qual de vocês? Qual de vocês aqui presentes me desafiaria para um duelo? Vamos quem quer provar ser o melhor barbeiro de todos?

Ninguém se prontificou, uma fila considerável de clientes postou-se diante da cadeira vaga.

-Ninguém quer me desafiar?

Swenney cogitava seriamente em dar uma lição em mais um barbeiro prepotente. Sakura colocou a mão em seu ombro, ele se virou e ela apontou um homem baixinho e barrigudo no terceiro lugar da fila.

-Aquele ali é o braço direito de Touya Mikage, ganhe a fama de melhor barbeiro e o pescoço dele e do juiz vão estar debaixo do fio da sua navalha.

Do palco improvisado Joseph colocava a mão sobre os olhos como quem quer ver mais longe do que de verdade consegue. Swenney então levantou a mão e se propôs. A multidão se abriu e lentamente o barbeiro de verdade subiu ao palco.

-Então senhor já que vamos disputar o que acha de uma aposta, para tornar as coisas mais interessantes?

Joseph concordou com a cabeça e olhando para a navalha prateada na mão de Swenney propôs.

-Então veremos quem faz a melhor barba em menos tempo. Uma bolsa de dinheiro em troca de uma dessas suas belas crianças.

Os dois apertaram-se as mãos, Joseph se virou e chamou o assistente de Touya, para que monitorasse a competição. Dois outros homens subiram ao palco, o barbeiro que fizesse a melhor barba em menos tempo seria proclamado o vencedor e melhor barbeiro de Londres, coisa que se feita naquele mercado imundo não oferecia honraria alguma.

Obviamente Swenney ganhou, e enquanto pegava o dinheiro do derrotado, vislumbrou a senhora Haruno conversando amigavelmente com o juiz da competição. Ignorando os pedidos de Joseph para uma revanche, Swenney aproximou-se.

-Então creio que o senhor já saiba que o Mr Todd abriu uma barbearia na rua Fleech.

Sakura sorria e seus cabelos róseos pareciam estar encantando aquele senhor rechonchudo de cabelos ensebados. Ele virou-se para Swenney e falou com um sorriso lotado de dentes amarelos e tortos.

-Senhor T, creio que tenhas um talento sem igual. Lembre-me de lhe fazer uma visita qualquer dia destes.

Swenney compreendeu o que aquilo significava, se tivesse o pescoço daquele rato burguês sobre sua navalha, seria tudo como a senhora Haruno havia prescrito, cedo ou tarde o juiz também viria a ele.

-Seria uma honra para um humilde barbeiro como eu atender a tão nobre companhia quanto vossa excelência.

Falou o barbeiro cumprimentando-o com um aperto de mão aparentemente amigável, mas em seu imaginário imaginava sua navalha dançando pela face engordurada daquele rato gordo.

(...)

Antony Blair era um marujo britânico que havia simpatizado com mr T durante uma de suas viagens e o havia alimentado clandestinamente no porão de seu navio durante meses. Agora, com o ordenado escasso que ganhara de uma viagem, andava em direção ao porto. Mas, em meio caminho sente-se cansado e para a sombra de uma mansão cinzenta. A janela, a janela mais alta de todas estava uma figura que parecia ter sido recém saída dos contos de fadas. Uma donzela de longos cabelos pretos anelados, olhos verdes cantava a janela. Caso sua beleza fosse loura, com certeza iriam afirmar de que se tratava da princesa Rapunzel. Mas na ausência de cabelos dourados, chamariam-na de Snow Beauty.

Uma mendiga passou por ele, uma louca que esbravejava coisas sobre o demônio morar naquela casa. Em troco de algumas moedas a pobre louca contou a Antony que a moça na janela era Tomoyo Mikage, agregada do juiz Touya que lhe era o maior do benfeitores.

A velha foi embora e Antony ficou no banco a admirar a figura de Tomoyo cantando enquanto cerzia um bordado. O jovem, apoio a face entre as mãos e sorria alegremente enquanto ouvia a voz da moça cantar melodias puras e inocentes.

Mas foi forçado a acordar quando Touya Mikage em pessoa o chamava da soleira da porta da entrada principal.

Swenney mexeu a água quente e viscosa que a senhora Haruno lhe ofertara como sendo chá. Levou a caneca puída aos lábios e bebeu sedento um generoso gole da água quente fermentada. Estavam ele e Sakura sentados em uma das mesinhas redondas com cadeiras descombinadas, da loja de tortas. A sineta de metal enferrujado tocou e a senhora Haruno abrumou-se espanando a poeira excessiva do avental, pensando que fosse um possível cliente. Koji Sohma, serviçal e aberto saco de pancadas de Joseph Baldini, entrou acompanhado de seu mestre.

-Posso ajuda-lo?

Perguntou Sakura descrente, mudando o olhar de Swenney para Joseph. Swenney permanecia com um ar austero e calado enquanto Joseph parecia sorrir com desdém.

-Se a senhora não se importa, gostaria de trocar uma ou duas palavras com o prestíssimo barbeiro, senhor Todd.

Swenney meneou com a cabeça e indicou com a ponta dos dedos da mão direita uma cadeira vazia.

-A sós se não se importar.

Falou Joseph lançando um olhar nada discreto a Sakura e Koji. Swenney se levantou e indicou com a cabeça a escada para a barbearia. Joseph o seguiu e quando Koji aprontou-se para fazer o mesmo, a moça dos cabelos róseos colocou a mão na frente da criança.

-Não acho que um rapazinho como você gostaria de ouvir a conversa de dois homens velhos. Será que me acompanharia em um lanche? Podemos comer um belo pedaço de torta de carne.

Ela falou com um sorriso e mal acabou de pronunciar-se, Koji como um raio se sentou em uma das mesinhas redondas. Aquela altura Swenney já entrava na barbearia e fechava a porta atrás de si. Joseph andou por todo o quarto, passando o dedo pela mobília. Parou, olhou para uma bandeja com uma chaleira que a senhora Haruno havia trago para ele horas antes com algumas torradas. Joseph sorriu ainda mais falou com desdém.

-Que decadência não é mesmo Sasuske Uchiha?
Embora estivesse impressionado Swenney não demonstrou impressão alguma.

-Lembra-se de mim? Eu costumava ser seu assistente na barbearia. Eu me sentava ali...

A ponta do dedo dele indicou um lugar ao lado da cadeira de barbear com um estofado vermelho rasgado.

-Você foi idiota de ter usado uma de suas navalhas. São obras de arte essas suas crianças sabia?

Swenney aproximou-se devagar da chaleira, seus dedos ágeis se enroscaram na alça metálica.

-O que você quer?

-Quero que você vire meu ajudante, podemos reabrir a barbearia, como nos velhos tempos, só que dessa vez você será meu ajudante. Creio que podemos convencer a senhora Haruno de assumir o papel de Keiko... Caso tenha alguma objeção senhor To..Uchiha, podemos perguntar a opinião do juiz Mikage.

Swenney agarrou a chaleira com força e acertou na nuca de Joseph. Uma, outra e o sangue começou a jorrar com velocidade alcançou sua caixa de navalhas e o esfaqueou até que o sangue parasse de esguichar. Todo o seu corpo estava tingido de vermelho, e do fio da lâmina prateada, pendiam preciosos rubis. Swnney sorriu para o que havia feito. Naquele momento a senhora Haruno entrou e trancou a porta depois de si ao ver o que havia acontecido.


Ok, por onde eu começo...
Acho que do início é o melhor lugar. Lá vai, a um ano atrás estava eu , uma inglesinha recém chegada ao Brasil,(fala sério meu nome é Nathalia Frances Dawson, vai dizer que não notou?) e bem, eu falava (e ainda falo) bem mal o português. E tava realmente perdida, otaku, fã de Harry Potter vindo fazer estágio da faculdade de medicina, pode-se dizer que eu não me simpatizei muito de cara com o Brasil embora meus avos morassem aqui. Eis que minha afilhada, cujo eu carinhosamente chamo de nii chan me envia o endereço de um blog que viria momentos mais tarde a ser como um bálsamo para o verdadeiro veneno que pode ser a faculdade de medicina. Eu criei então a Sakura, de início uma cópia exata da Sakura de Naruto mas com o tempo ela foi ganhando cores e personalidade próprias, embora eu devo admitir que sinto falta do cabelo rosa dela^^ Se somos todos uma família e eu sou a mais velha daqui então acho que eu sou a sempai de todo mundo aqui * olhar do mal*

Vida longa a nós então, que nosso personagens se encontrem por Hogwarts. *pelo amor de deus a gente escreve a um ano e eu vi a Marie minha companheira de casa só uma vez no dormitório¬¬*

Nathalia Dawson ou Sua Alteza Real Sakura Haruno





EXTRA:

Swenney and Sakura

COMENTÁRIOS SOBRE ESSA POSTAGEM:


Postar um comentário

Para fazer um comentário com Perfil aberto, selecione Nome/Url e prencha as duas colunas.