domingo, 2 de novembro de 2008
09:25 | 0 Comentários Não há coisa melhor do que a vida em liberdade, a vida nômade pirata que vive do extremo oriente ao extremo leste. A muito tempo atrás, quando os piratas vagavam livres pelos mares, havia a rainha deles. Ela era a capitã de um navio tão rápido que era capaz de derrotar toda a força naval da Europa de uma só vez. Era um navio invencível, com uma tripulação destemida composta somente pelos maiores e mais fortes homens já vistos. Mas esta não era uma tripulação comum, se fosse somente um bando de homens com o ego muito alto e alguma habilidade nas mãos, não teriam conquistado tanta fama. O mais intrigante e exótico de tudo que envolvia o grande pérola negra, era sua capitã. Alguns diziam que a moça era tão bela que a própria Calysto havia tentado matá-la no berço por inveja. Era capaz de encantar qualquer alma que gostasse de um corpo quente. A beleza da rainha dos piratas não era nada comparado a sua habilidade com a espada, talentosa com armas de fogo e uma ladra particularmente brilhante. O seu nome era temido e adorado, todo o homem uma vez ao menos já havia desejado tê-la como esposa. Seu nome? Anna Van Helsing Valerious Era um dia ensolarado nos mares orientais. O casco negro do Pérola Negra cortava os mares calmos com uma velocidade sobre natural. Dentro de duas horas estariam aportando em terras novas. Por mais estranhas que fossem as lendas sobre o Pérola e sua tribulação, eles ainda eram humanos. Anna foi a primeira a saltar na praia de areia branca. Era uma bela manhã e seus companheiros saltam ansiosos atrás dela, e enquanto a moça foi andar na praia, o resto dos piratas se ocupava em disseminar o lugarejo. Anna se sentou na praia observando o movimento das ondas, naquele dia ver sangue correr não lhe dava aquela satisfação interna costumeira. Uma espada passou zunindo pela cabeça de Anna e por pouco não lhe cortou uma mecha dos brilhantes e sedosos cabelos de ébano. A rainha dos piratas se levantou desembainhando a espada, girou por entre os dedos a tempo de impedir o próximo golpe. O seu adversário era rápido, muito bom mesmo, Ann golpeou-o com força antes de girar a lâmina para poder repelir mais uma vez a espada. O som do tintilar do metal se sobrepunha aos gritos de horror que vinham do vilarejo em chamas a alguns poucos metros de distância. Anna jogou a espada para o alto e girou nos calcanhares para conseguir pegá-la de novo antes de perder a oportunidade de apontá-la na garganta de seu oponente. Era um garoto, na verdade um rapaz, deveria ser um pouco mais novo que Anna, possuía olhos azuis como os mares gregos, e os cabelos dourados como o ouro que a tripulação do pérola negra guardava em lugares distintos. -Qual é o seu nome? O garoto arfante e revoltado teve que compelir os impulsos de lutar corpo a corpo com a rainha dos piratas. A lâmina em sua garganta o deixava em séria desvantagem. -Peter Grunnet Pan Ann ergueu uma sobrancelha, o garoto era talentoso. -E o que você faz da vida? O pobre Peter crispou os lábios de raiva, mordendo-os de tal forma que quase chegou a arrancar sangue. -Sou ferreiro. A espada de Ann desceu até o peito do jovem onde estava preso um medalhão de ouro puro com o brasão da família real britânica. -Sabe o que é isso? Ann perguntou com escárnio na voz. Talvez pudesse trocar aquilo ali por um bom dinheiro na Inglaterra, ou então seria divertido colocar o medalhão dentro do crânio aberto de algum nobre burguês recém abatido. -Você é talentoso pirralho. Os olhos do jovem garoto eram como o mar, naquele exato momento eram como o mais bravio e incerto dos mares. -Eu jamais serei pirata. Naquela altura, os tripulantes do Pérola já vinham carregar o navio, algum deles perguntou se era para deixar o garoto sobreviver, mas Ann mandou que calasse a boca. O marinheiro resmungou algo e sem muita cerimônia a rainha dos piratas sacou a pistola e atirou no tripulante, matando-o instantaneamente. -O garoto vai com a gente. O jovem obviamente não era dali, sua aparência impressionante o delatava a ter uma origem exótica. Peter abriu a boca, mas Ann foi mais rápida. -Seu vilarejo esta pegando fogo, você esta sozinho. Ou vêm com a gente ou morre na mão de algum animal selvagem. Aquele era o jeito dela de dizer venha comigo e não discuta. Mesmo que o pobre ferreiro não houvesse se decidido ainda, dois gigantescos marinheiros o pegaram pelo braço e o jogaram no convés. Minutos depois o Pérola zarpou para o mar. -Eu não quero ir, eu não quero ir. A rainha dos piratas se segurou na escada de coradas que levava ao cesto da gávea. Aquilo podia demorar. Um hora depois, quando Peter já estava com a garganta inchada de tanto gritar, ela se abaixou perto dele e sussurrou. -Pode voltar a nado agora se quiser. O crepúsculo se anunciava no horizonte quando Peter olhou para Anna e pela primeira vez sentiu-se tentado a fazer parte de tribulação dela. Um dos marinheiros, alto,moreno, musculoso e com algumas cicatrizes, aproximou-se e perguntou se era para levar o jovem para as instalações especiais. Obviamente Ann ergueu a mão alva e delicada fazendo um sinal para que esperasse. -Se eu me juntar a você, você me ajudaria a resgatar minha... A rainha dos piratas ergueu uma sobrancelha. Ela realmente havia simpatizado com aquele rapaz. Sacou a espada e bradou em alto e bom som. -Vamos bando de macacos bêbados, temos que salvar a donzela de Peter. Dito isso Ann cravou a espada na amurada cinzenta do navio. Fazia três meses que a tripulação do pérola velejava em alto mar. Deitado em sua rede Peter segurava a boca do estômago para que não colocasse para fora todas as cabeças de tubarão que fora obrigado a comer no jantar. O jovem fechava os olhos, respirava o ar de maresia profunda, virava-se na rede que graças a deus deixaram colocar perto da escotilha. Ele afundava a cabeça no pano amarelado, quando reparou que este estava manchado de sangue preferiu deitar no chão cheio de fungos que pelo menos, se bem afastados da boca, tinham uma temperatura boa para deixá-lo acordado e desperto. Seus pensamentos freqüentemente voltavam a um passado nauseado que ele estava tentando mudar. O jovem via a mãe morta, retorcida na cama, chorando o cadáver estava sua querida amiga que ele não tinha coragem de chamar de amada. Então entravam mulheres de rara beleza, sereias mortais que delicadamente tomavam a jovenzinha chorosa nos braços e a levavam embora deixando cair um anel. Provavelmente presente para o jovem Peter que acabava de perder seus dois maiores tesouros. Então ele voltava a realidade, estava no porão de um navio, deitado embaixo de uma rede amarelada que continha sinistras marcas de sangue. mas, a mais alguém com ele, o moço se vira e a reconhece, Anna. Os cabelos de ébano que geralmente iam até a cintura estavam amarrados em uma trança, na mão direita reluzia um punhal, dava para ver que ela se fora até ali disposta a acordar Peter cortando-lhe a rede, mas para a surpresa da capitã o hospede lhe poupara o trabalho deitando de boa vontade no chão bolorento. -Peter... Ela se ajoelhou e sussurrou no ouvido dele. -Tennyo, Tennyo... Anna então o chuta de leve, o suficiente para que ele levantasse em questão de segundos com um salto. O pérola havia aportado. Enquanto Peter se recompunha e limpava o excesso de fungo das costas Anna cuidadosamente colocava o punhal de volta na bainha. Peter havia contado a ela a história das ninfas que vieram levar sua querida Tennyo, este era seu preço, Anna deveria colocar toda a sua tripulação em uma missão de resgate e se ela fosse bem sucedida eles deixariam a pobre donzela em algum lugarejo e Peter se juntaria a temível comitiva de piratas. Obviamente Anna aceitou, entreter a si mesma e a todos os seus marujos havia se tornado uma coisa difícil de se fazer e distrações realmente interessantes estavam ficando cada vez mais raras. -Você é maluca? Nenhum ser humano em sã consciência iria para o domínio das sereias assim de boa vontade. A rainha dos piratas cortou a palma da mão e um feixe de sangue gotejou no chão, o líquido vermelho em contato com o chão de madeira fez um barulho caudaloso e imediatamente sumiu. -Viu garoto estranho? Eu não sou exatamente o que você chama de ser humano. Se estivesse em seu juízo perfeito, Peter talvez tivesse ficado de cabelos em pé, amedrontado pela aparência sinistra do sangue. Mas não teve muito tempo para pensar sobre isso, momentos depois Anna já estava puxando-o pela mão e quando irromperam pelo convés cheio de homens armados, o jovem percebeu que o pérola havia aportado em uma ilha de mata virgem e exótica. O louro imaginava que talvez fossem descer por alguma espécie de escada de cordas, mas horrorizou-se a ver cada um de seus companheiros saltando direto da amurada do navio e caindo como bombas no chão, mas o que mais fascinou o jovem foi Anna que com delicadeza saltou e como se estivesse voando aterrissou suavemente no chão sem levantar um único grão de poeira. Peter se curvou para ver melhor a altura, era muito, muito grande. Lá embaixo a capitã havia ordenado que por precaução um marujo chamado Johnnatam estende-se os braços se propondo a pegar Peter antes que ele se dizimasse no chão. O louro encolheu-se de costas para a amurada do navio no banco de areia, depois levantou-se para olhar lá embaixo novamente e tentar pegar coragem. Mas não deu muito certo, quando curvou-se para ver melhor notou a falta de Anna e antes que pudesse protestar ouviu uma voz atrás de si. -Meu deus como você é lerdo. E a capitã empurrou o jovem para os braços tatuados de Johnattam. Atordoado, Peter se escorou no marujo enquanto toda a tripulação do Pérola Negra andava em direção a mata exótica em busca da morada das sereias. Era famosa a morada dessas criaturas, localiza-se em um ilha pequena no sul do pacífico. Freqüentemente, ou talvez nem tanto, estes belos seres saiam em busca de jovens mulheres para servir a elas e mais tarde herdar os dotes e tornar-se uma sereia. Mulheres metade peixe, metade humana na água e totalmente humanas na aparência fora dela. Matavam qualquer humano desavisado que se aproximasse demais. Peter já havia ouvido algumas histórias sobre elas e depois do seqüestro de Tennyo havia procurado se informar o máximo possível. Enquanto andava pela mata pestilenta sentia calafrios percorrerem todo o corpo. Mas Anna guiava o grupo a frente brandido o facão, formando uma trilha e guiando a todos de forma quase instintiva. Meio trôpego, e ainda ajudado por um marujo chamado Willian. Peter conseguiu se aproximar de Anna e perguntar. -Capitã como sabe o caminho? A rainha dos piratas parou, girou nos calcanhares e pigarreou um semi tom mais alto do que de costume, os únicos sons a serem ouvidos eram os da respiração cansada de Peter. -Geche os olhos. O garoto obedeceu, e ouviu o som da respiração de Ann propositalmente ruidoso. -A lagoa das sereias têm cheiro de sangue e maresia. A moça deu um passo à frente e todos voltaram a caminhar pelo ambiente exótico. -Eu não sinto cheiro de nada. -Isso é porque você é lerdo e a sua percepção é meio falha. O jovem zangou-se e esperou que Anna avançasse dois metros de distância antes de voltar a andar, cinco minutos depois, pela terceira vez desde que chegaram a ilha o garoto havia tropeçado em uma das raízes das árvores e por ordem direta da capitã foi carregado pelos braços tatuados de Johnatam o resto do caminho não importava o quanto protestasse. Um dia de caminhada depois a floresta chegou ao seu fim, e o que se via a frente era um grande deserto e um portão medieval enferrujado um pouco mais longe. A comitiva se aproximou e instintivamente Anna deslizou a mão até seu punhal, e quando estavam a menos de três metros de distância uma massa viva de penas negras atacou o grupo, e Anna foi a primeira a cair, os gritos estridentes da arpia davam a impressão de que poderiam furar os tímpanos humanos a qualquer momento. Mas somente Peter dava sinais de sentir dor contorcendo-se horrivelmente. O sangue negro de Anna deslizou pela areia durante trinta segundos, depois lentamente começou a sumir. Peter conseguiu erguer os olhos e viu uma lâmina prateada transpassar as penas negras da besta. Anna se levantou e ele ficou surpreso em ver que sequer a trança havia se desmanchado durante a luta, ela tirou o cadáver da lâmina de sua espada e a recolocou na bainha. Do alto do portão outras bestas gritavam com as vozes metálicas. -Traidores, imundos, trouxeram uma mulher para nosso reino. Anna continuou parada onde estava, a pele branca reluzindo ao sol dava a impressão de ser uma estátua de mármore. Uma outra arpia aterrissou perto dela mas não a atacou, virou-se para a tripulação e falou sibilante. -Se querem entrar em nosso reino serão muito, muito bem vindos... Parou e apontou uma garra imunda para a capitã que se limitava a cruzar os braços. -Ela deve ficar, não pode fazer parte do nosso reino, ela não pode, não pode. Peter arregalou os olhos com medo. A idéia do que aqueles marujos poderiam ter feito com ele sem a proteção de Anna era assustadora, mas não foi aquilo que mais o preocupou, eles seguiam as ordens dela com tamanha eficiência que mesmo longe ele continuaria sendo protegido. Mas entrar no domínio das sereias, já guardado por arpias que haviam conseguido barrar a rainha dos piratas era algo que só o fazia prosseguir pela lembrança de Tennyo. O louro olhou para Anna que simplesmente meneou com a cabeça e se aproximou de um marujo moreno de pele bronzeada que ele identificou como sendo Willian. Ela aproximou-se, falou em um sussurro algumas palavras para o marujo que concordou com a cabeça. Depois com um gesto rápido a rainha dos piratas desafivelou a bainha da espada e sacou o punhal dando todo o resto a Will. -Se cuida Peter. Depois disso o louro foi carregado pela manada de marujos para dentro dos portões enferrujados. Surpreendentemente quando os pés humanos tocaram a água Peter descobriu ser capaz de andar pelas passarelas que as sereias haviam construído assim como andava na areia. Peter encontrou uma cidadela toda feita de ouro encoberta por musgos, e assim como o seu povo usava estacas de madeiras para levantar cabanas, as sereias usavam barras de ouros para erguer palacetes. Algumas delas, sempre que passavam nadando por eles, acariciavam um deles, beijavam-lhe os lábios e depois seguiam caminho. Depois de uma hora ou duas, até mesmo Peter já era capaz de avistar um belíssimo palácio de ouro e diamantes mais ao fundo. Depois das estátuas de cavalos marinhos que guardavam a entrada do castelo, as sereias começaram a se mostrar hostis. Cercaram toda a comitiva e monitorando-os permitiram que avançassem pelo salão de entrada. Ao final dele estava uma gigantesca concha de ouro branco que abrigava um ser de beleza inimaginável. Os cabelos, longos e louros caíam até a cintura, pareciam ser feitos de platina líquida, a pele branca como a de Anna fazia com que aquela criatura fosse tão bela quanto a rainha dos piratas. Os olhos, castanhos como duas gotas de mel eram capazes de hipnotizar quem quer que fosse. Mas Peter não lhe deu muita atenção, seu olhar estava voltado para a jovem humana sentada ao pé da concha, os cabelos ruivos longos presos com enfeites de pedras cristalinas deixavam a mostra os olhos verdes esmeralda desprovidos de emoção. A rainha se levantou e Willian deu um passo a frente, a sereia nadou até ele e falou. -O que querem aqui? Will ergueu os olhos cor de ônix e as sereias que os levaram até ali avançaram alguns centímetros. O marujo tirou a espada de Anna da bainha e a ofereceu a rainha em um sinal de paz. -Nós viemos levar Tennyo No Ceres embora. A garota continuava estática sentada ao lado do trono, parecia uma das estátuas que adornavam o salão. A fisionomia angelical da rainha fechou-se, fazendo Peter se lembrar da face de Anna quando ele contou a ela toda a história de Tennyo. A sereia nadou até Peter e a cauda azulada se mexeu delicadamente. -Você é o pequeno Peter, era bem habilidoso com a espada da última vez que nos encontramos. se bem me recordo. Lembra-se de mim? Alice, Alice Swann? Os olhos do louro estavam vidrados na moça ruiva, ela não se mexia, não parecia respirar, agora não era a sua amiga, não era Tennyo No Ceres. Com um pouco de esforço ele gritou chamando por ela e para sua felicidade a ruiva se mexeu. Alice olhou para isso sorrindo sinistramente, fez um sinal com a cabeça e imediatamente Tennyo se postou ao lado dela. -Você quer a sua amiga de volta? Peter ergueu o braço na esperança de tocá-la mas a moça parecia distante demais. Willian ergueu o braço separando os dois e a sereia olhou com para ele com ferocidade mostrando as presas, ela pegou a espada de Anna da mão do marujo e girou por entre os dedos como se fosse decepar a cabeça dele. Mas algo parou a lâmina centímetro antes de atingir o pescoço bronzeado de Willian, um punhal passou zunindo e Alice foi forçada a largar a espada. Imediatamente as sereias começaram a atacar, a luta era desleal, enquanto as criaturas dispunham de um vasto arsenal os piratas tinham que lutar corpo a corpo. -Pérola Negra ao ataque! Anna gritou enquanto se mostrava saltando do alto de uma das pilastras do salão, suas roupas sempre elegantes agora estavam em estado lastimável, com grandes manchas de sangue negro parecido com piche. Mas a moça mesmo não estava com um arranhão sequer. Alice avançou para a rainha dos piratas, a morena pegou sua espada que havia caído no chão no meio do alarido e desviando-se de um corpo que já fora eliminado no calor da batalha ela investiu contra a rainha sereia. -Pare com isso Anna. Essa luta é inútil, eu tenho vantagem aqui. A moça desviou-se de um ataque e o tridente da sereia ficou preso em uma das pilastras. O maior saldo de mortos era da tripulação do pérola, mas uma quantidade considerável de sereias também já haviam sido mortas. Anna brandiu a espada mas Alice se desviou por pouco, a rainha dos piratas conseguiu cortar-lhe uma mecha dos cabelos dourados. Grande parte do salão estava em ruínas, e logo abaixo da luta das rainhas, Tennyo atacava Peter sem piedade. O louro se desviava dos ataque com custo, e depois de alguns minutos começava a se cansar enquanto Tennyo continuava atacando com toda a intensidade. Finalmente a lâmina da espada da ruiva atravessou o corpo de Peter, lá do alto Anna gritou e jogou-se para tentar salvar o garoto. Tennyo voltou a consciência e imediatamente ela abraçou Peter que sangrava. -Eu prometi a você que ia até o inferno para te trazer de volta. A moça o abraçou enquanto Anna se ajoelhava perto dos dois. Alice sorriu e nadou até os três. Tennyo beijava os lábios de Peter de forma desesperada, a sereia colocou os lábios no ouvido dela e murmurou. -Você pode salvá-lo se virar uma de nós. A ruivinha virou a cabeça e encarou a rainha sorridente. -Para sempre. Anna limitou-se a levantar e sair reanimando os corpos de sua tripulação pela sina que cercava o pérola. Um toque da capitã, um chamado dela bastava para que qualquer um deles levantasse. -Eu, eu aceito. Alice concordou com a cabeça e anéis de luz começaram a envolver as pernas de Tennyo, uma cauda de peixe apareceu no lugar. A jovem abraçou o louro com todas as forças e nadou para a superfície. Ela o levou até a margem e com a mão sobre o corte que ela mesma havia feito beijou os lábio de Peter fazendo com que o ferimento cicatrizasse. Ele abriu os olhos. -Tennyo, você está aqui? Ela sorriu e uma lágrima saiu do rosto marmóreo. A quanto tempo ela havia se separado dele... -Você está bem Peter, acabou agora. O jovem se sentou e notou a cauda de peixe. -Mas você não está livre. Ela passou os braços ao redor do pescoço dele e beijou-lhe os lábios. -Eu te amo Peter, e vou estar sempre junto de você. Peter olhou para ela e murmurou um fraco “Eu te amo” de volta. Tennyo lhe acertou na nuca forte o suficiente para deixá-lo desacordado. Depois disso a moça voltou para as águas, se diluindo em espuma do mar. Como eu entrei no travessa...Como eu entrei no travessa? Oras bolas, pergunta elementar meus caros Watsons. Tudo começa quando estava eu comigo mesma a degustar do meu lanche durante o intervalo da escola. Eis que, correndo pela quadra vêm ninguém mais, ninguém menos que a Anna Teles agitando um papel na mão. Bem, e o que era o email? Uma cópia impressa de um email que ela havia recebido do J.C “oficializando” a criação do travessa. Claro que com isso veio o pedido *ordem* para que eu inscrevesse uma personagem criada no meio da aula de matemática no novo blog. Eu não poderia estar mais grata a Anna, não só por que ela me apresentou o J.C e conseqüentemente todos os meus queridos amigos *família* do travessa do tranco, eu também agradeço muito a Ann, por que sem ela eu realmente não poderia correr pelos corredores de Hogwarts correndo o risco de esbarrar em uma gangue de bruxas assassinas ou uma fada dragão. Ana Clara Mansur Carvalho ou Anna H.Valerious |
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