sexta-feira, 17 de outubro de 2008
07:15 | 0 Comentários O ambiente era pobremente decorado. As camas de solteiro ficavam uma em cada canto do quarto e pareciam nunca ter recebido nada mais pesado que poeira e que iam quebrar quando algo deitasse em cima dela. Um rapaz moreno estava sentando em uma cadeira e anotava apressadamente o que um senhor que estava de pé dizia. Um outro rapaz, loiro, conversava com o homem. Quando o velho parou de falar para respirar os dois rapazes se entreolharam e o loiro teve de conter-se para não murmurar "biruta" indicando o senhor. O moreno por sua vez revirou os olhos, mas continuou anotando o relato do velho homem detalhadamente. - Mr. Grimm, o que acha que está nos assombrando? - Talvez seja uma bruxa do lago, Mr. Gilliam. - Respondeu Leon maneirando seu tom ríspido. Dita por ele a frase parecia demonstrar preocupação. Norris mais uma vez revirou os olhos, mas continuou a anotar rapidamente. - Podemos resolver. - A aldeia ficaria extremamente agradecida, Mr. Grimm. E todos colaboraram, assim podemos pagar seu material. - O velho parecia extremamente feliz. O loiro assentiu vagamente. - Tudo bem, Mr. Gilliam. Iremos liquidar a bruxa esta noite. - E com um aceno o homem foi dispensado. Ele saiu do quarto rapidamente para contar as boas novas ao resto de seu vilarejo. - Isso é errado. - Observou o moreno fechando o livro e erguendo os olhos para encarar o irmão. - Quem se importa? Dá dinheiro, certo? - Retrucou Leon com sua lógica indiscutível. Os dois entraram no pobre casebre acompanhados de um morador do vilarejo. Era muito importante que aquele homem estivesse presente. Alguém tinha de ver a “morte” da bruxa. Mal deram três passos e ouviram uma gargalhada assustadora. As portas atrás deles fecharam-se e o moreno murmurou um impropério. O jovem do vilarejo fez o sinal da cruz apavorado e Leon revirou os olhos. - Norris, o arco! – Gritou ele sobre a ventania que começara de repente. Ele começou a fingir que o vento lhe arrastava e o irmão o imitou. O vento não era o suficiente para tanto, mas o jovem ainda mais apavorado e deixando-se enganar pela ilusão, segurou-se a uma pilastra de madeira do casebre. O moreno pegou o arco e a flecha que iriam atirar assim que a bruxa aparecesse. Os Grimm ainda fingiam ser arrastados pelos ventos e faziam esforços para continuar ali. A bruxa logo surgiu de um canto a esquerda. Ela voava e tinha a pele em decomposição. Foi em direção ao mais velho primeiro que prontamente desviou da rota dela, caindo no chão - Norris, DÁ PRA VOCÊ ATIRAR!?- Gritou Leon deitado no chão fingindo desespero. - E-Eu não consigo! – Respondeu o moreno, mas a sua voz quase se perdeu no barulho da ventania. Ele tinha o arco devidamente apontado, mas isso parecia custar-lhe muito esforço. Leon gritou um impropério. - Não deixe essa bruxa idiota controlar você, irmão! – O jovem do vilarejo fez uma careta e agradeceu por não estar na pele dos Grimm. O mais novo virou-se lentamente na direção em que Leon estava deitado, apontando-lhe o arco. Ele parecia esforçar-se para continuar mirando na bruxa. – Não! Você não vai atirar em mim! - O tom dele era desesperadoramente assustado. O loiro levantou-se lentamente sem fazer nenhum movimento brusco, como se o outro realmente pudesse soltar aquela flecha nele. Norris "fez" um esforço imenso e virou o arco para a bruxa soltando a flecha que atingiu-lhe em cheio o peito. A alma que parecia ali assombrar, evaporou-se por completo e o rosto cadavérico provou-se que não era apenas um rosto, e sim um cadaver de fato. Esatava começando a feder, agora que não tinha mais vida. O jovem da aldeia soltou a pilastra de madeira e correu em direção aos irmãos, abraçando Leon que fez uma careta ante tal gesto. - Mr. Grimm, só temos a agradecer. - Norris segurou o riso ante a fala do homem e desconfiou que o irmão iria enforcar o jovem caso ele permanecesse pendurado no pescoço dele por mais um segundo. - Vá contar ao resto da aldeia, rapaz. Eles com certeza querem saber. - Disse o moreno observando o cadáver. O rapaz saiu correndo de lá e o cadáver mostrou que estava bem vivo. O corpo sentou-se lentamente e resmungou algo. Era uma voz feminina. O moreno riu e o loiro ergueu a sobrancelha caminhando até a frente da moça e tirando-lhe a mascara. Em seguida ele olhou para Norris com uma cara curiosa. - Caprichou desta vez. Realmente fede. O que usou? A moça ficou de pé e despiu o camisolão manchado de sangue de galinha e rasgado em alguns pontos. - Usei algumas ervas. Misturadas ela formam esse cheiro. - Respondeu Norris com simplicidade encarando a mulher enquanto ela tirava a peruca. Os olhos da moça eram castanhos e os cabelos arroxeados. - Quando prescisarem de outra bruxa, esqueçam que eu existo. - Resmungou ela penteando os cabelos com um pente que tirara de uma bolsa escondida por ali. - Não seja tão ingrata, Callister. Lhe pagamos um bom valor por esses serviços. E ainda pagamos pela fantasia. - Retrucou Leon abrindo a bolsa de couro cheia de moedas de ouro e tirando dez e entregando a ela.- Lhe mandaremos uma carta assim que acharmos uma nova lenda em que você possa ser útil. A morena bufou levemente irritada, pegou o dinheiro e saiu dali. Norris recolheu a fantasia e deu um leve sorriso. - A comemoração. - Disse guardando aquelas roupas e dirigindo-se com Leon em direção ao bar do vilarejo. Hum... Detesto começar textos assim. Nunca sei o que escrever. Enfim. Eu conheci o Travessa através da Dani (a Louren). A gente conversando e ela começava a dizer coisas sobre o blog. Eu sobrava porque não entendia lhufas. Quando ela veio me avisar que as inscrições estavam abertas mais uma vez eu não pensei duas vezes. Eu já tinha um personagem pronto e ele atendia as exigências que estavam fazendo (sabe como é: ele era menino, não era grifinório nem corvino...). Eu despachei o meu sonserino chato via e-mail para o J.C. e logo ele me adicionou no MSN onde conversamos e eu entrei oficialmente para o blog. Eu simplesmente adorei o perfil da equipe logo de cara, mesmo que estivesse sobrando um pouco por ser novata. Camila Tavares ou Norris M. Kimball Banner Extra
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