segunda-feira, 11 de agosto de 2008
13:30 | 0 Comentários O sinal bateu anunciando o fim da aula de poções, como era de se esperar os alunos começaram a se levantar sem a menor cerimonia e juntaram-se aos montes na porta da sala procurando sair logo do ambiente funesto que era as masmorras. Ashley colocou os livros na mochila com cuidado e diferente dos outros alunos ela não tinha a menor pressa de voltar a ver a claridade natural do dia, para a loura aquela era a hora perfeita para esclarecer coisas que precisavam ser esclarecidas não importasse a que custo. A corvinal ergueu a cabeça e estreitou os olhos azuis meia noite para ver se conseguia localizar a menina ruiva em algum lugar da sala, achou-a do outro lado da sala. A moça ergueu a cabeça, respirou fundo e seguiu até a grifinória que estava terminando de guardar a enorme pilha de livros na mochila.. -Audrey. Ashley chamou com um fio de voz que já foi mais do que o suficiente para que a feiticeira erguesse os olhos para ela e piscasse como se não entendesse muita coisa, e de fato não fizesse muita questão daquela conversa. A corvinal respirou fundo e pegou fôlego para continuar. -Preciso conversar com você. A loura abaixou os olhos começou a alisar o tampo da carteira da mesa ao lado. Audrey soltou os frascos de poção, sentou-se na mesa colocando as mechas teimosas de cabelo atrás da orelha e olhou para a corvinal como se dissesse que era toda ouvidos. -Sei que nunca fomos amigas. A voz de Ashley gaguejava de tal forma que Audrey chegou a sentir até mesmo uma parcela de pena pela vergonha que a corvinal deveria estar enfrentando em seu ínfimo. -Ultimamente estão ocorrendo vários boatos sobre... eu e o ... Jhonny.... Ashley sentiu uma pontada aguda no peito. Parecia que alguma força maior insistia em perfurar-lhe os intestinos com um fino espeto de metal encanecido. Audrey ergueu uma sobrancelha e tentou parecer ilegível, enquanto em se âmago a jovem White segurava-se para não responder. -Eu sei que você está sofrendo com essas estórias ridículas, eu sei disso. A corvinal fez uma pausa, olhou bem fundo nos olhos verdes e profundos da grifinória, sentindo- se naquele momento terrivelmente rasa e sem graça. -Quero que saiba que eu e o Jhonny não estamos namorando. A corvinal fez uma pausa e suspirou de forma condoída, baixou os olhos e fitou por um ou dois minutos a ponta da sola do sapato. -Nós nunca tivemos nada, o que você viu na biblioteca, aquele beijo, foi a única coisa que aconteceu entre nós. Ashley ergueu os olhos e deu um sorriso fraco. -Eu juro que aquele beijo foi a única coisa que aconteceu entre nós. Audrey escutava tudo calada, um silêncio custoso e cortante. Queria simplesmente dar a volta, sem importar com tudo aquilo e continuar com sua vidinha de sempre, mas por dentro seu coração se despedaçava completamente. Ela não sabia se ficava feliz ou triste , se ria ou chorava, com o que acabara de ouvir..... -E por que você esta me dizendo isso? Perguntou a ruiva num tom firme, a voz da jovem que geralmente era doce e macia agora estava quase cortante. -Por que sei o que você está sentindo. -Não, você não sabe. Interrompeu a grifinória de forma seca. -Sei sim, eu sinto isso a cinco anos... A voz da garota pareceu sumir. Audrey viu lágrimas, escorrer pelo rosto da menina. A grifinória tirou um lencinho de renda branco do bolso e entregou-o a Ashley, em seguida virou-se e com a maior frieza que o coração da grifinória permitia, ela rumou para os jardins em busca de um pouco de sol. Mas mesmo assim, alguns segundos depois de deixar a sala de poções, pode ouvir um grito abafado pelo choro. -Eu sinto isso a cinco anos!... |
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