Em um jardim sombreado por rosas, um imponente salgueiro chorão se erguia no meio das flores, fornecendo sua sombra acolhedora a um banco de pedra e quem quer que viesse nele se sentar.Era um lugar claro e nunca monótono, as vezes os galhos da floresta um pouco distante do salgueiro se encrespavam uns nos outros e emitiam um farfalhar parecido com o som de um belo violoncelo.A grama verde ainda úmida de sereno se curvava de ante da alvorada majestosa e dourada que via a sua frente.
Fadas multicoloridas dançavam no ar em forma de pequenas luzes. Em baixo do salgueiro chorão estava uma fada alta o suficiente para semelhar-se a um ser humano.Era de uma beleza realmente extraordinária, os cabelos rubros que chegavam até quase os calcanhares eram adornados por pequenas borboletas azuis, presos de tal modo para que nunca caíssem nos olhos verdes esmeralda. O corpo alvo como a neve era coberto por um vestido delicado que ia até um pouco acima dos joelhos, tecido era colorido e leve.Atada a cintura estava uma espada prateada com rubis incrustados na bainha. Os pés delicados e pequenos eram adornados por armações de pedras azuis. No peito, como broche estava um coração azul com uma estrela no centro, a estrela emitia sempre uma luz fraca.As mãos eram cobertas por luvas que iam até o cotovelo. As asas eram enormes e coloridas, semelhante as de uma borboleta. Ficavam atrás do corpo de maneira elegante.

Ao lado da fada, colocado com cuidado no chão estava uma alijava de marfim com um arco e um conjunto de flechas emplumadas. Pela forma delicada do objeto era evidente que pertenciam a ela. A feiticeira tinha as mãos posicionadas em forma de uma concha, o centro emitia uma luz forte e branca, a luz emanava de um anel, Nenya, o primeiro de todos os anéis elficos.
Ao todo três anéis haviam sido feitos para auxiliar povos sábios antigos na luta em terras longínquas, situada em mundos distantes.

O primeiro de todos era Nenya, guardava poderes relativos a água, adornado por um diamante pertenceu a Grande Rainha Galadriel.
O segundo era Vilya, guardião do vento.O antigo dono havia sido Mestre Elrond, todo o seu poder já foi empregado em proteção de mundos inteiros.
Em terceiro vinha Narya que era enfeitado por um rubi.O último portador havia sido o Mago Branco Gandalf. O poder de Narya provém do fogo.

Assim a fada protegia o anel que lhe havia sido confiado, Nenya antes de mais nada era um anel que obedeceria primeiro somente a sua primeira dona, a fada estava justamente domando-o. Assim acabou-se o encantamento, acabou a luz e o anel vôo para o dedo da feiticeira.
O objeto era mais poderoso do que aparentava, a fada cegou-se por ele.Alinhado a seus poderes o anel era estarrecedor. Encantada a fada não percebeu a sombra que se espalhava a seu redor, não percebeu que todas as fadas haviam fugido e que o riacho havia parado de correr. Não percebeu que as flores morriam e a grama se tornava marrom e seca.

Pouco a pouco começaram a cair flocos de neve, a fada hipnotizava não se importou para a sombra que assumia forma, a luz da estrela no coração da fada enfraqueceu e lentamente apagou. Sua luz acabou-se como a de uma chama de uma vela quando assoprada. Ela esfriou, mas nada a tirava de seu transe por Nenya que reluzia em seu dedo. A sombra se aproximou, era coberta por um manto negro e espesso quase em farrapos, uma mão esquelética se ergueu e a unha enorme e imunda fincou-se no ombro alvo da fada de tal modo a arrancar sangue que primeiro correu vermelho para depois assumir uma tonalidade prateada.
Então ouve-se um gemido que depois aumenta de tamanho.
Em um outro mundo, no mesmo momento os gemidos viram um choro alto e escandaloso.