segunda-feira, 26 de maio de 2008
11:32 | 0 Comentários “Sorria para mim mais uma vez, Beatrice...”. Da série “O Conto da Bruxa de Ouro” Parte 1 – acordando a bruxa dourada. Descendo o rio há uma vila E como os dois da vila dizem, Procure pela praia. Lá, a chave para a vila dourada dorme. Aqueles que acharem a chave Devem seguir o que está escrito abaixo Para encontrar a vila de ouro. Na primeira noite ofereça pela chave um sacrifício. Na segunda noite, suspeite. Na terceira noite, tema. Na quarta noite, grite. Na quinta noite, fuja. Na sexta noite, enfrente. Na sétima noite, lute.Na oitava noite, mate. Na nona noite a bruxa dourada irá reviver. Na décima noite a jornada terá acabado, É só o que posso dizer. Capítulo 1 – Desvende. Marie Elise lia e relia o conteúdo da carta desse ano. Era diferente de tudo o que seu avô já havia feito... Nos anos anteriores ela havia conseguido resolver com facilidade os enigmas propostos, mas esse desafiava até mesmo sua inteligência. “Diabos! O que será que o velho está pensando?!” imaginava enquanto dobrava a carta e guardava-a junto de seus objetos pessoais. Na caixa dos respectivos havia uma foto de quando ela era criança e também uma de toda a família. Alguns papéis, cordões, cartas e uma folha seca. Lembrava-se muito bem daquela folha... Joey havia lhe dado pois tinha a forma parecida com a de um coração. Sua mente vagava para memórias antigas quando sua atenção pousou na pequena caixinha preta sob o criado mudo. “Owen! Posso imaginar o que tem aí dentro...” E com relutância alcançou a caixa e abriu-a, certificando-se de que não havia ninguém mais presente no quarto. Estava certa. Era justamente o que ela esperava. Capítulo 2 – Relembre. Tinha de dormir. Precisava dormir. Não simplesmente pelo fato de que teria de acordar cedo, mas principalmente porque precisava lembrar-se. Fechou os olhos. Porque as imagens não apareciam? Porque a lembrança, justo aquela lembrança, lhe era tão fraca? Pedia para sonhar com aquilo, pedia para lembra-se. A bruxa de ouro negaria-lhe este pedido? Estava escuro. Um breu. Estava em um barco. Como sabia? O motor. O barulho do motor denunciava. E também o cheiro do mar que tanto lhe era familiar. Aquilo lhe parecia tão normal e ao mesmo tempo tão estranho... Faltava algo. O que faltava? As gaivotas. As gaivotas não choravam como nos anos anteriores. Elas sempre choravam. Estranho aquela lembrança ter sumido. ”Sinal de má sorte” repetia enquanto passavam pelo lugar onde deveria estar um pequeno santuário. Má sorte. Má sorte. Não está ali. Não está. Não ali. Porque não estava ali? Porque as gaivotas não choravam? Porque elementos outrora tão importantes não encontravam-se onde deveriam estar. Mas o quadro estava onde devia. O quadro e a medonha escritura. Já haviam chegado. Já haviam passado pelo jardim de rosas. Orgulhoso jardim de rosas cultivado com tanto cuidado. Havia uma rosa morta, entretanto. Porque? Porque haviam deixado aquela rosa ali? Porque tudo parecia diferente? Agora estava um pouco mais claro, mas ainda não havia luz. Sim, eram os trovões. Os raios ao longe e tão próximos. Mas não havia chuva. Não chovia... Chuva... Sim, estava lá... Não. Eram suas lágrimas. Não sabia que eram tantas. Um brilho. Uma borboleta. Uma borboleta de ou ro. Beatrice, a bruxa dourada. Elise abriu os olhos devagar. Lembrava-se agora. Tudo lhe parecia tão simples. Levantou-se e procurou pela carta recebida mais cedo. Releu-a. Agora tudo fazia o mais completo sentido... Podia enganar quem quisesse, mas não enganaria ela. Não ela. Não a própria bruxa dourada. Capítulo 3 – Venha. Não podia ignorar que aquele maldito dia chegara. Mas é claro que chegara... Tinha de chegar... Fazia 6 anos desde o último grande enigma. O último grande desfecho. Mas não podiam impedi-la de voltar agora. Não agora que ela havia finalmente escolhido... Finalmente... Escolhido... - Oh sim, entendo. E devido à essa ausência o senhor pede que a senhorita Billard e o senhor Smith façam as provas antes. – a voz do diretor de Hogwarts era mansa e por demais “bondosa”. Elise não gostava disso. - Exatamente. Veja, essa viagem é um ritual familiar que acontece todos os anos. Normalmente esperamos até que haja recesso no colégio e que todos os membros estejam disponíveis, mas esse ano as coisas aconteceram muito depressa. Eu não pediria se não fosse de extrema importância. – a voz de seu pai também não era diferente. Ele parecia explicar-se demais para o gosto de Elise. Ela não se incomodava de fazer as provas depois, ou de não fazê-las. Seu destino estava traçado e ela podia começar a vê-lo. Estava traçado por uma tênue linha dourada. - Já está com tudo pronto Elise? – perguntou Joey enquanto via a menina chegar carregando uma mala. - O que lhe parece? – respondeu irônica entregando-lhe a mala de qualquer jeito e entrando no carro. Mackenzie já estava lá dentro, e Joey agora entrava. Seu pai falava as últimas palavras com Dumbledore e preparava-se para juntar-se ao três. O motorista esperava já com o motor ligado. Pela janela meio embaçada podia ver alunos curiosos com o que estava acontecendo. Apoiou a cabeça sobre a mão após apoiar o cotovelo em uma pequena bagagem de mão à seu lado. Os rostos do lado de fora limitavam-se a observar e comentar uns com os outros o que estava acontecendo. Esepeculações. Agora a professora McGonagal dispersava um grupo mais eufórico. O carro ia começar a andar. Seu pai despedia-se por fim de Dumbledore e o motorista dava a partida. Elise correu os olhos mais uma vez pelo rostos do lado de fora esperando ver o de alguém conhecido. E viu... Mais do que espearava... Já não estava mais em Hogwarts, viajava para a “Ilha Priest” de significado vago e inútil. Rostos... Era incrível como em pouco tempo conhecera tanta gente... Fechou os olhos. Devia ser efeito da bruxa dourada... Capítulo 4 – Ninguém presta. - Esses jantares em famílias são sempre iguais, não acham? – perguntava Mackenzie à seu irmão Joey. Apesar de serem tão parte da família quanto o restante, eles agora comiam em uma mesa separada. Não pelo fato de serem “agregados”, mas porque, de alguma forma ainda eram considerados crianças. Eles, Elise, Olivia e Owen, apesar deste raramente manifestar-se. Até algum tempo atrás a prima mais velha deles, Samantha, também sentava-se à mesa das “crianças”, entretanto havia conseguido o direito de sentar na mesa principal há 3 reuniões. - Sim, eles são todos iguais. Mas porque a gente não está lá, porque se estivessemos... - Não faria a mínima diferença. – completou Elise. - Do que está falando?! Se estivesse sentada lá não lutaria para que te ouvissem?! – disse ele em resposta. Mesmo em outra mesa ainda podiam ouvir o que conversavam, apenas, o que eles falavam não contava em nada. - E agora a Sam foi para lá e nem para levantar e servir de nossa porta voz... – resmungou Mackenzie. - O que você quer dizer com devemos deixar issso de lado?! – pergunto Samuel Jr à seu cunhado e pai de Marie Elise, Otto Billard. - Porque... – começou ele. - Otto, querido – disse Annelise, a mãe de Marie, - Não precisa justificar-se perante meu irmão... – sua voz era uma das mais calmas daquela mesa e ainda sim, tão firme quanto qualquer outra. - Ele precisa justificar-se sim! – retrucou Samuel. - Hm! Sabemos bem o que é isso, não Otto? Primeiro ele nos convence a deixar isso de lado esse ano e depois vai em busca sozinho! Não me surpreenderia se sacrificasse a própria filha por causa disso! – disse Eliza, tamém irmã de Annelise. - Pela primeira vez concordamos em alguma coisa... – disse Noreen, esposa de Howard, irmão de Otto, do outro lado da mesa. - Como se se preocupassem com ela. – respondeu Otto. – Isso é reclamação de uma que nunca teve filhos e outra que se arrepende... - Termine essa frase seu maldito! – gritou Howard ao lado de sua esposa. - Quer brigar agora?! – disse Otto levantando-se. - Pode apostar que sim! – respondeu Howard fazendo o mesmo. - Otto, sente-se. – disse Annelise. O marido obedeceu e Howard sentou-se tamém logo em seguida. - Onde estávamos? – perguntou Roger, pai de Joey e Mackenzie. - Estávamos na parte em que discutíamos frenéticamente sobre a herança. – disse Emily Billard, avó paterna de Elise. - Emily. – disse Paul Jack. - Sim eu sei querido. – respondeu ela. - Humpf! – disse Samuel Jr. – Eu proponho cada um se virar! Cada família por si e aqueles como eu e Eliza que não temos família... - Que são só vocês dois... – afinetou Noreen. - Muito engraçado... – riu Eliza debochadamente. - Nós já entendemos. – disse Margareth, avó materna de Elise tentando apartar a briga imintente. - Se me permitem. – começou Samantha. Era a primeira vez que se manifestava desde sua primeira reunião na mesa principal. Todos pararam para prestar atenção. Todos tinham algum respeito pela recente mulher, em boa parte por causa de sua falecida mãe. – Nenhum de nós aqui conseguiu resolver o enigma desde ano, correto? Um murmúrio de “sim” foi ouvido. - Exceto uma pessoa. – continuou ela. De repente o murmúrio teve fim por três segundos para depois comçar novamente. “Sim” já não eram mais ouvidos, todos perguntavam-se quem havia conseguido resolver aquilo. Quem quer que fosse estava passos e passos à frente dos demais. - Não adiantaria nada se estivessemos lá ou não, Mackenzie. – disse Elise em resposta ao comentário da menina. - Porque diz isso Elise?! Claro que adiantaria! Poderiamos mudar a cabeça deles... – começou ela. - Pretende fazer uma revolução? – brincou Joey. - Você também faria o mesmo! – respndeu sua irmã mais nova. - Não adiantaria... – disse Elise. – Porque nenhum deles presta. Ninguém presta. E dito isso levantou-se da mesa retirando-se da sala. Owen riu. - Quem foi que resolveu o enigma? – perguntou Samuel, avô materno de Elise. Por ter sido ele quem “fez” o enigma, não conseguia esconder sua surpresa. A bem da verdade ele havia apenas recebido a carta pronta, só tendo que distribuir o desafio ao restante da família, mas como bom membro dos Priest (e também dos Billard) deu uma olhada antes. Todos sabiam que ele fazia aquilo, entretanto em nenhum ano obteve sucesso no final. - Huhum. – começou Samantha. – Isso é óbvio. A única pessoa que poderia resolvê-lo e a mesma que resolveu tantos outros. - Refere-se à... – disse Samuel Jr. - Marie. Todos então viraram-se para a mesa onde estariam as crianças e entretanto Elise não estava lá. Capítulo 5 – Entrelinhas. A caça pela filha mais velha de Otto e Annelise já tinha a duração de algumas boas horas da noite e, no momento atual, da manhã. Ninguém sabia como, mas Elise simplesmente dera um jeito de sumir de vista de qualquer um. - O que está fazendo aqui? – perguntou Owen sentando-se ao lado da prima num rochedo que dava para o mar. - Olhando Hogwarts. – respondeu ela. - Aquele colégio fica nessa direção? – perguntou Owen olhando para o horizonte nublado. - Huhm. – respondeu Elise num murmúrio. - Quer voltar para lá? Sente saudade? – perguntou debochado. - Nem um pouco. Só que... Se estivesse lá... – Elise parou de repente, hesitante. - Termine a frase. – disse Owen em um tom encorajador. - Se estivesse lá, provavelmente o que está para acontecer... Não, certamente o que está para acontecer não aconteceria. - Refere-se ao enigma? - Huhm. Os dois passaram alguns minutos em silêncio apenas observado o mar que se extendia ao longe. Como em todos os anos havia gaivotas no céu rondando para lá e para cá. De onde estavam podiam ver um pedaço da praia e ouvir vozes que pareciam vir de lá. - Parece que resolveram ir à praia como diz o enigma. Apesar de achar que não vai adiantar nada, não? – perguntou Owen já sabendo da resposta. - Não, não vai adiantar nada. Não faz referência à praia em si... - Não precisa me contar se não quiser. – disse ele. - Tanto faz, eu já estou com a chave mesmo... – disse ela dando de ombros. - A chave do enigma? Já está com ela? – perguntou ele meio não acreditando. - Sim, já estou com ela. E há um bom tempo também. – respondeu a menina com um sorriso irônico. – De qualquer modo, praia no enigma faz referência ao primeiro lugar pensado no verão. Verão por sua vez implica em pensar em sentimentos puros, de alívio. Siga por aí e vai ver que já tenho a chave... - É só isso? - Sim, é só isso. O rio quer dizer união, os dois da vila... Bom, eu já sei o que é a chave e você me deu ela. Agora não deve ser muito dificil descobrir. - Espera, eu lhe dei a chave?! – perguntou ele atônito. - Sim Owen querido, você me deu a chave quando foi à Hogwarts entregar-me a carta com o enigma. - Como eu tenho certeza de que a carta não é a chave, então... – começou ele pensando. – O anel. – disse por fim com um sorriso. - O que significa que os dois da vila são os dois no altar. – disse Elise levantando-se e se afastando dali. – Á propósito... – disse ela parando e virando-se para Owen ainda sentado olhando o mar. – Eu aceito. – terminou virando de costas para ele. Ambos sorriram. Capítulo 6 – Sacrifício. - Pode ir dizendo Elise, o que significa isso?! – perguntou Howard parado na entrada da cozinha apontando para o corpo de um serviçal, sem vida. Toda a família estava presente em diversos graus de envolvimento. Enquanto alguns exigiam saber a resposta, outros preferiam nem saber que havia um corpo ali e que provavelmente Elise era a responsável. - Como eu vou saber? – disse a menina dando de ombros. - Não se faça de desentendida mocinha! Você foi a única de desvendou o enigma e agora esse corpo aparece aqui, do nada! Não quer que acreditemos que foi o Babbitti, a coelha?! – dizia Howard uma oitava acima. - Não espero que acreditem em nada, não adiantaria nada mesmo. - Elise, minha filha, por favor. – pediu Annelise. A menina olhou para cima e suspirou. Teria... Teriam de deixa-la em paz. - Se querem saber, eu já tenho a chave e como bem diz o enigma, no primeiro dia, ofereça pela chave um sacrifício. Parado próximo ao corredor Owen riu. Ele sabia muito bem, tanto quanto Elise, de que aquele sacrifio não fora feito por ela e muito menos pela chave. Ele só não sabia quem havia feito, ao passo de que Elise... - Então... – disse Samuel. - Então é bom se prepararem. – disse a menina. – Ora, não façam essas caras estúpidas! E não digam que estão com medo?! Vou contar um segredo – disse Elise. Sua face tomando uma forma ligeiramente assutadora. – Esse enigma... Foi feito para mim. Tudo o que vai acontecer a partir de agora já estava destinado à acontecer. Tudo... Preparado... Por... Como se acompanhassem a menina, raios iluminaram a sala revelando ao claro a grande pintura de uma mulher loira, linda, com uma expressão serena e ainda assim assustadora. Ainda assim todos esperavam apreensivos Elise dizer o nome. Não faziam idéia de qual nome seria, quem seria, apenas queriam saber. A menina entretanto não disse nada. No momento em que todos achavam que ela ia falar, borboletas douradas invadiram a sala cegando parcialmente à todos. O brilho era intenso e ao mesmo tempo escuro. Antes que se dessem conta, era dia novamente. Capítulo 7 – Suspeite, tema, grite, fuja, enfrente, lute, mate. No período que estavam ali os dias passavam incrivelmente depressa. 4 noites haviam se passado e os dias eram tão curtos que todos, ou quase todos, estavam amedrontados. Rezavam para que não chegasse à noite, temiam pelo que podia acontecer. O clima de suspeita na grande mansão era imenso. Todos evitavam uns aos outros e principalmente Elise. Até mesmo Joey e Mackenzie caíram no terror que Elise pusera neles. Talvez uma pessoa apenas estivesse tão normal quanto antes e isso talvez se devesse ao fato de que sabia que estava a salvo. Owen era o único que se aproximava de Elise e a bem da verdade passavam boa parte do tempo juntos. - E agora? – perguntou Owen à menina. Fazia uns bons 15 minutos que estavam sentados ali, em silêncio. - E agora o que? – disse ela deitando-se na grama. Estavam afastados da casa próximos à entrada de um bosque. - Tem que todos estão esperando as ações das noites. Passaram-se 4 noites e nada. - Eles deviam agradecer por isso, mas... Não é verdade que nada aconteceu. Em seus intímos estão todos, exatamante como dito no enigma, suspeitando, temendo, gritando e fugindo uns dos outros. Mesmo que interiormente. - Faltam 3 noites... Alguma ação? – perguntou Owen. - Sim. Hoje já tem uma ação querido, não se preocupe. Você é o sádico e eu sou tomada como a vilã... - Hm... Você também é bem sádica querida. – disse ele deitando-se a seu lado. Ficaram ali um bom tempo até anoitecer. - O que você está fazendo Elise?! – gritou Mackenzie para a prima. Como era de se esperar, estavam todos no hall, cenário de todos os acontecimentos importantes já ocorridos e provavelmente dos que iriam ocorrer. Alguns membros da família já haviam tentado, em vão, permanecer longe e fora dali. Trancavam-se em seus quartos, evitavam passar por tal lugar, entretanto quando menos esperavam eram cercados por borboletas douradas e quando viam, estavam no hall. - Sexta noite. – disse Elise. Ela se encontrava no alto da escada, em frete à grande pintura que todos temiam. – Enfrentem. Dito isso uma enxurrada de borboletas saiu do quadro indo em direção ao grupo no pé da escada. Conforme se aproximavam as borboletas foram tomando formas humanas, de 7 meninas portando uma espécie de espada que começaram a atacar a todos. As mesmas borboletas douradas deram forma à armas de fogo entregues à cada um deles. Não sabiam quem eram essas 7 meninas. Não sabiam o que estava acontecendo. Só tinham certeza de que deveriam lutar. Sobreviver. - Não está sendo cruel? – perguntou Owen pondo-se ao lado de Elise no topo da escada. - Cruel? – perguntou ela surpresa. – Agora eu sou cruel... - Não olhe para mim... – disse ele. – Quem são elas? – perguntou por fim. - Elas? Stakes. - Stakes? - Por si só já são armas. 7 armas à serviço dela. Cada uma representa um pecado e tem um nome bastante sugestivo... Não que seja relevante. - De modo algum... – disse Owen já imaginando os nomes das armas. – Não queremos assusta-los ainda mais com esses nomes. Demorou pelo menos 10 a 12 minutos, na contagem de Elise, para que a primeira vitima fosse feita. Nesse meio tempo já amanhecera e caíra a noite novamente duas vezes. Era a 8 noite e permaneciam lutando. Não estavam mais concentrados no hall. Alguns fugiram para fora da mansão, outros para seus quartos. Nenhum nunca sozinho. Após o primeiro cair, uma a um foram sendo mortos pelas Stakes do purgatório. Um a um caindo. Um a um morrendo. Indiretamente Elise matando enquanto a nona noite tinha início. Na nona noite a bruxa dourada irá reviver. Uma tempestade sem chuva. Era o que acontecia agora na ilha Priest. O vento corria furioso e os trovões gritavam do lado de fora. Todos da família caídos no chão do hall. Elise permanecia de pé no mesmo lugar com Owen à seu lado. As Stakes haviam desaparecido e as mesmas borboletas douradas que haviam lhes dado forma envolviam agora cada um dos corpos e em seguida dirigiam-se ao quadro. Era como se carregassem os sacrifícios para dentro da pintura. Quando a última borboleta transpassou a tela uma forte luz tomou conta da sala. Todos os parentes de Elise estavam de pé novamente, vivos, vendo o que estava acontecendo. Elise de frente para o quadro estava envolta em borboletas douradas. Sua roupa havia se rasgado nas costas revelando nelas a figura de uma asa dourada que brilhava. Antes de tudo acabar podiam jurar ter visto a mesma mulher do quadro atrás de Elise que então caiu de joelhos no chão. Capítulo 8 – Beatrice. As malas estavam feitas. Ninguém dizia uma só palavra sequer. Todos provavelmente assustados demais e impressionados demais com o que ocorrera na noite anterior. Eles lembravam-se de pouca coisa. Terem sido mortos e depois revividos não era uma delas. Apenas lembravam-se de estar no hall vendo Elise e de repente 7 meninas vindo suas direções e então essas meninas transformarem-se em borboletas douradas e então aquela cena de Elise envolvida pelas mesmas borboletas. De la para cá Elise não havia dito uma palavra à ninguém, nem mesmo à Owen embora talvez isso devido ao fato dele não ter lhe dirigido a palavra. Preparavam agora os carros para a volta. Elise, Joey, Mackenzie e o pai de Elise, Otto, iriam em um carro de volta à Howarts. O restante voltaria para casa e tentaria de algum modo aceitar ou esquecer o que havia acontecido. Parada na entrada da mansão os olhos de Elise mudaram ao começar a falar: O vento se torna uma tempestade E as ondas furiosas O mar ruge e desperta a bruxa que viveu por um milênio Eu tenho há muito esperado para este dia! Há muito que receava este dia! Quem vai festejar o destino? Oh Bruxa! Oh Bruxa! O que é que irá anunciar? Para a lua que atravessa a noite, a maré alta de inundações E as gaivotas acenam a turbulentas nuvens A maldição dourada deixou para trás palavras E o sorriso dissimulado, são vermelhos como sangue Com os olhos fechados, o que estás esperando? Mesmo que você tenha tentado recolher os seus pedaços quebrados Eu puxo a partir de seus dedos que me tocaram, eu não posso atingir você Se não houver amor, não podemos ver o que nos salta de verdades e falsidades Beatrice! Bruxa cruel! Sua beleza é incomparável Beatrice! Oh! Sua bondade é inconstante Eu nunca poderei ser libertado de seu feitiço Caso esta dor deva durar, pelo menos, em seguida, tende piedade de mim por apenas uma vez Nas asas dançantes de borboletas, sonhos e realidade vêm e vão O som da chuva que não vai parar de cair esconde as verdades e mentiras O banquete aberto, os escolhidos são vistos A interligação entre o ódio irá encher o copo Em um mundo preso, o que está procurando? Mesmo que você esteja desejando por um milagre de sermos capazes de perdoar uma outra vez Minha voz é calada pelo vento e ela não chega até você Se não houver amor a solidão não desaparecerá A alegria e tristeza voltarão depois que tudo acabar Vamos estar a deriva para a meia-noite escura do mar Lágrimas e cicatrizes, misturam-se, tudo junto E você, do fingimento, insere-se na escuridão O barulho das ondas. A voz do mar é como uma canção Ouvi-las parece-me purgar pecados cometidos O barulho das ondas suavemente nas rochas do meu berço Eu serenamente adormeço e tenho sonhos felizes Com os olhos fechados, o que estás a esperar? Mesmo que você tenha tentado recolher os seus pedaços quebrados Eu puxo a partir de seus dedos que me tocaram, eu não posso atingir você Se não houver amor, não podemos ver o que nos salta de verdades e falsidades O que seus olhos fechados vêem? Enquanto você coletar pedaços A ponta de seu dedos tocam Sem sermos capazes de nos unir completamente As aparências são falsas e dissimuladas Sem amor, não podemos ver qualquer coisa Sem amor, a verdade não pode ser vista Foi quando as gaivotas começaram a chorar. E seu choro, se ouvido com atenção dizia repetidamente... Beatrice. Beatrice...
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